Os deputados de oposição e da base criticaram duramente as exonerações dos secretários estaduais de Defesa Civil, coronel Leandro Monteiro, e da Polícia Civil, delegado Marcus Amim, durante a sessão da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), nesta terça-feira (03/09), anunciadas pelo governador Cláudio Castro na data de ontem.
A reclamação maior ficou por conta da saída de Amim, que assumiu o posto em outubro de 2023, depois que a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou um projeto de lei complementar do governo que mudava a Lei Orgânica da corporação.
Vale lembrar que a regra anterior só permitia que o cargo fosse ocupado por quem tivesse exercido a função de delegado por 15 anos – Amim está na Polícia Civil desde 2002, mas só havia atuado como delegado por dez anos.
Na ocasião, a oposição reclamou da manobra, mas não adiantou muito e o texto acabou sendo aprovado. “Pagamos por um desgaste, do qual nós fomos contra, para dez meses depois o secretário ser exonerado. É inviável realizar um trabalho sério de segurança em dez meses”, disse Martha Rocha (PDT), que foi chefe de Polícia Civil por três anos.
“É o quarto secretário, e que durou dez meses. Dessa forma, é impossível resolver o caos em que vivemos na segurança pública. É uma pena que isso ocorra faltando 30 dias para as eleições. Afinal, o secretário está saindo por quê?”, questionou.
Mesmo integrando a base do governo, Alan Lopes (PL), foi outro que criticou a medida do governo. Para ele, o governo Cláudio Castro teria caído na “armadilha” do prefeito Eduardo Paes.
“O governador caiu na armadilha do prefeito Eduardo Paes. Era isso que ele queria. Mas para melhorar sua imagem, governador, tem que trocar muito mais que o secretário de Polícia Civil”, disse.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/deputados-criticam-exoneracoes-no-primeiro-escalao-realizada-pelo-governador-claudio-castro/
