O navio-veleiro Cisne Branco, uma das mais conhecidas embarcações da Marinha do Brasil, está parado no porto de Lisboa há mais de dois meses por conta de uma avaria que reduziu sua capacidade de manobra.
O problema aconteceu no dia 11 de junho, quando o navio chegou a Portugal. Uma peça dentro da hélice quebrou, dificultando que o Cisne Branco se movimentasse de forma precisa. Esse equipamento é fundamental para que o veleiro possa realizar manobras como entrar e sair de um porto.
O equipamento auxilia a embarcação nas manobras de atracagem e desatracagem. A Marinha informou que o problema não tem relação com uma manutenção que o navio fez antes de viajar.
No entanto, a viagem do Cisne Branco pela Europa, que duraria cerca de oito meses e passaria por 23 portos em 13 países, precisou ser interrompida.
A previsão é de que o Cisne Branco permaneça atracado pelo menos até o dia 15 de setembro e retorne ao Brasil somente no fim de outubro.
Na quarta-feira (28), a Marinha oficializou, no Diário Oficial da União, a contratação da empresa Black Bull Logistics S.L. para prestação de “serviços de apoio portuário” durante sua permanência em Portugal, atendendo às necessidades logísticas do Cisne Branco. A contratação vai custar 73,7 mil euros, cerca de R$ 452 mil na cotação atual.
O Cisne Branco, avaliado em 15 milhões de dólares, foi incorporado em 2000 para as comemorações dos 500 anos do Descobrimento do Brasil.
O navio é uma réplica das “galeras do século XIX”, tem 76 metros de comprimento, 25 velas e viaja a 11 nós.
Com uma tripulação de 9 oficiais, 41 marinheiros e 31 aprendizes, a embarcação tem funções diplomáticas, representando a Marinha e o Brasil em eventos náuticos nacionais e internacionais.
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/problema-tecnico-faz-veleiro-da-marinha-do-brasil-ficar-parado-em-portugal/
