A nova ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, reforçou nesta segunda-feira (9) a importância da investigação das acusações contra o ex-ministro Silvio Almeida, preservando o direito das vítimas ao sigilo e o do acusado à ampla defesa.
“Quanto às denúncias, é muito importante que os órgãos responsáveis façam as apurações devidas.(…) Acho que é preciso garantir o direito dos denunciantes, [mas] também garantir o amplo e pleno direito de defesa”, disse a jornalistas na frente do ministério.
“E uma coisa que é muito importante é que a gente garanta a privacidade e o sigilo sobre os fatos, principalmente daquelas pessoas que foram lesadas”, completou.
Macaé foi confirmada para o cargo após reunião com o presidente Lula no Palácio da Alvorada. Ela substitui Silvio Almeida, que foi demitido na sexta-feira (6) em meio a acusações de assédio sexual, uma das quais teria sido feita pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
Nomeação ainda será publicada no Diário Oficial
Embora ainda não tenha sido oficializada no Diário Oficial da União, Macaé já iniciou os trabalhos à frente do ministério. “Acredito que a posse ocorrerá na próxima semana. Já comecei as atividades, mas ainda preciso me licenciar do mandato de deputada estadual em Minas Gerais”, afirmou. Ela deverá retornar a Brasília na quarta-feira (11) para dar continuidade aos compromissos.
Lula elogiou a escolha de Macaé, destacando sua trajetória e compromisso público. O presidente também deu liberdade à nova ministra para reorganizar a pasta de acordo com suas diretrizes, mencionando a confiança que deposita em sua atuação.
Macaé Evaristo foi a primeira mulher negra a ocupar o cargo de secretária de Educação em Belo Horizonte (2005-2012) e no estado de Minas Gerais (2015-2018). Também já trabalhou no governo federal, durante a gestão de Dilma Rousseff, onde comandou a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão.
Com informações da Folha de S.Paulo
Fonte: https://agendadopoder.com.br/nova-secretaria-de-direitos-humanos-defende-investigacao-sobre-silvio-almeida-e-respeito-a-privacidade-das-vitimas/