Um novo desenvolvimento promete transformar o campo da robótica: uma perna robótica movida por músculos artificiais, criada por pesquisadores da ETH Zurich e do Instituto Max Planck. A nova perna utiliza atuadores eletro-hidráulicos, chamados HASELs, que imitam a função dos músculos naturais.
Esses atuadores são sacos plásticos preenchidos com óleo e revestidos com eletrodos condutores. Quando uma voltagem é aplicada, os eletrodos se atraem, comprimindo o óleo e fazendo o saco encolher. O sistema permite que a perna robótica se mova de forma similar aos músculos naturais, com uma combinação de contração e alongamento.
As diferenças vistas na “perna robótica com músculos”
- Em comparação com pernas robóticas tradicionais movidas por motores elétricos, a nova tecnologia apresenta várias vantagens.
- A perna movida a músculos artificiais é mais eficiente em termos energéticos, uma vez que não desperdiça energia em forma de calor como os motores elétricos.
- Isso se traduz em uma temperatura constante e a eliminação da necessidade de dissipadores de calor ou ventiladores adicionais.
- Os testes mostram que a perna robótica pode manter uma posição dobrada sem o gasto excessivo de energia observado nos motores elétricos.
Além da eficiência energética, a perna robótica com músculos artificiais oferece uma adaptabilidade superior em terrenos irregulares. Em vez de depender de sensores complexos para ajustar sua posição, a perna utiliza a interação com o ambiente para se adaptar de forma flexível. Isso permite movimentos ágeis, como saltos e ajustes dinâmicos ao tipo de superfície em que a perna está operando.
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A pesquisa, liderada por Robert Katzschmann e Christoph Keplinger, publicada na revista Nature Communications, destaca o potencial disruptivo dos novos conceitos de hardware. O uso de músculos artificiais representa um avanço significativo em relação aos motores elétricos, abrindo novas possibilidades para a robótica suave.
O campo de atuadores eletro-hidráulicos, relativamente recente, tem mostrado um crescimento promissor, com esta inovação destacando o impacto positivo que novos conceitos de hardware podem ter na evolução da robótica.
Este avanço não apenas melhora a eficiência e a flexibilidade dos robôs, mas também sinaliza uma nova era de possibilidades tecnológicas, onde a robótica pode se aproximar ainda mais das capacidades naturais dos organismos vivos.
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