21 de setembro de 2024
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A Polícia Federal e a Receita Federal do Brasil deflagram nesta terça-feira (10) uma operação que mira grupos que usam o mercado de criptoativos para lavagem de dinheiro e do envio de divisas para o exterior, tendo como principais destinos os Estados Unidos da América, Hong Kong, Emirados Árabes Unidos e República Popular da China.

A Justiça Federal determinou o bloqueio de valores em contas bancárias e criptomoedas dos investigados em mais de R$ 9 bilhões, além de veículos e imóveis.

A investigação teve início em setembro de 2021 e identificou que a atuação dos grupos criminosos contemplaria diversas camadas de operações financeiras.

A partir da origem ilegal do dinheiro, principalmente de “clientes” do tráfico de drogas e do contrabando, os grupos investigados se utilizariam de empresas de fachada e de outros mecanismos para dificultar o rastreamento do dinheiro pelas autoridades.

Ao receber os valores, os grupos se encarregariam do envio dos recursos para o exterior por meio de criptoativos. Desde o começo da investigação, os suspeitos movimentaram mais de R$ 55 bilhões.

Cerca de 130 policiais federais e 20 servidores da Receita cumprem 8 mandados de prisão e 19 de busca e apreensão nos municípios de São Paulo (SP), Brasília (DF), Fortaleza (CE) e Caxias do Sul (RS).

A PF diz que os três grupos alvos da Operação Niflheim atuam de forma organizada e mantêm relações entre si. Os líderes dos grupos atuam a partir da cidade de Caxias do Sul e de Orlando, na Flórida (EUA).

Os crimes investigados são lavagem ou ocultação de bens, crimes contra o sistema financeiro nacional, falsidade ideológica, associação criminosa, organização criminosa e crimes contra a ordem tributária.

Mandados expedidos pela Justiça Federal:

  • São Paulo: 3 mandados de prisão e 4 de busca e apreensão
  • Brasília: 1 mandado de busca e apreensão
  • Caxias do Sul: 5 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão
  • Fortaleza: 4 mandados de busca e apreensão

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/operacao-contra-criptomoedas-bloqueia-r-9-bilhoes-de-investigados/