20 de setembro de 2024
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Foto: Reprodução Pexels

O Pix continua batendo discos no Brasil. Recentemente, mais de  224 milhões de transações  foram processadas em um único dia, mais do que  toda a população  do país. Reconhecendo esse sucesso, o Banco Central  anunciou recentemente  novas funcionalidades, como o Pix por Aproximação e o Pix Automático para tornar o envio e coleta de dinheiro mais fácil, rápido e seguro para todos os brasileiros. Essas atualizações, além de melhorar a experiência do usuário, trazem benefícios importantes para as empresas como maior segurança, eficiência e informações valiosas dos clientes.

“Embora cerca de  70%  dos brasileiros já utilizem o Pix pela sua simplicidade, transparência e velocidade, as empresas ainda estão descobrindo todo o seu potencial”, comenta César Garcia, CEO da  OneKey Payments . “Para as empresas que operam 100% no e-commerce e que realizam parte de suas vendas online, há agora uma série de recursos que podem melhorar a experiência do cliente, desde a prevenção de fraudes e relatórios de risco até dados de KYC ( ‘Know Your Customer’, ou ‘Conheça Seu Cliente’, em tradução livre) e inteligência de mercado mais avançada.”

César explica que, embora os pagamentos via Pix pareçam simples na prática, cada transação contém uma quantidade significativa de informações que as empresas podem usar em benefício próprio e de seus clientes.

“Desde que respeitem as normas da LGPD, as empresas que recebem um pagamento via Pix podem aplicar ferramentas adicionais para realizar validações internacionais. Isso permite aumentar a segurança e a coleta de mais informações, como o nome do cliente, dados de nascimento, endereço, CPF, além de outros dados legais e de conformidade. Por exemplo, pode ser verificado se um cliente possui mandatos de prisão, se é uma Pessoa Politicamente Exposta (PEP) ou tem histórico de atividades fraudulentas, sempre dentro dos limites da regulação”, continua.

Ou seja, os dados das operações do Pix são muito importantes para as empresas, pois ajudam a acelerar os pagamentos e a proteger contra fraudes e problemas de conformidade. Além disso, com um processamento adequado e em conformidade com a LGPD, essas informações podem ser usadas para personalizar o atendimento ao cliente e criar campanhas de marketing mais direcionadas e menos invasivas.

“Como o método de pagamento  mais popular  no Brasil, o Pix é reconhecido como um grande fator para a  inclusão financeira  no país”, acrescenta. “No entanto, também pode contribuir para a inclusão empresarial quando as empresas entenderem o valor das informações que estão processando e como isso pode ajudar a construir melhores relacionamentos com os clientes.”

Para comerciantes que processam muitos pagamentos via Pix, essas informações, junto com a tecnologia adequada, permitem que as empresas agilizem o cadastro de clientes. Isso significa que as empresas podem aceitar depósitos quase de imediato, sem precisar que os clientes preencham formulários, já que todos os dados necessários estão disponíveis dentro de cada transação.

Os pagamentos via Pix também permitem que as empresas façam verificações mais detalhadas do consumidor e usem dados de risco para aplicar controles rigorosos contra lavagem de dinheiro e fraudes. “Você consegue saber quem são seus clientes, de onde eles vêm, a idade deles e outras informações”, explica César. “Com as ferramentas certas e, é claro, o consentimento do cliente, essas informações se tornam quase tão úteis quanto a sua própria transação. Elas permitem que a empresa vá além de uma simples venda e crie uma relação mais próxima e personalizada com cada cliente, “conclui.