20 de setembro de 2024
Compartilhe:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve abordar em seu discurso de abertura na Assembleia Geral da ONU as ameaças das redes sociais à democracia, destacando o impacto da desinformação.

Segundo Jamil Chade, do portal UOL, rascunhos do discurso, construído em colaboração com departamentos do Itamaraty e a missão do Brasil na ONU, incluem críticas à forma como plataformas digitais são usadas para atacar instituições democráticas. A inclusão desse tema reflete a postura de Lula sobre a necessidade de regular o ambiente digital, garantindo que a liberdade de expressão não seja usada como desculpa para desestabilizar democracias.

Além disso, o presidente deve reforçar a importância de uma reforma no sistema internacional, mencionando organismos como a ONU e o FMI, e sua posição como líder do G20. Em eventos relacionados, Lula também discutirá temas como a preservação ambiental e a cooperação internacional. Durante sua visita a Nova York, Lula participará de diversos encontros, incluindo uma reunião com cerca de 20 países para enfrentar a extrema direita e as ameaças à democracia. Mais de 30 chefes de estado solicitaram reuniões com o presidente brasileiro durante sua estadia.

Grandes líderes mundiais não estarão presentes

Era para ser o resgate da ONU e do sistema multilateral. Mas a Cúpula do Futuro, organizada para ocorrer a partir do dia 22 de setembro em Nova York, não contará com os líderes de nenhuma das potências e membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU.

Em seu primeiro dia de reuniões, o principal nome é o de Luiz Inácio Lula da Silva. Além dele, o programa oficial apenas apresenta os chefes de Estado e de governo de países de menor influência, entre eles Malawi, Libéria, Estônia ou Cabo Verde. A lista ainda conta com África do Sul e Suíça.

Guy Ryder, mediador da ONU para o evento, destacou que a cúpula está levando para Nova York 130 chefes de governo e de Estado. Outras 7.000 –

Mas, segundo diplomatas, tudo isso tem uma importância relativa diante da ausência dos presidentes das cinco potências nucleares do mundo e membros permanentes no Conselho de Segurança.

A China, por exemplo, irá apenas com um vice-ministro, enquanto Rússia, Reino Unido, Estados Unidos e França designaram seus chanceleres para falar.

Mediadores estrangeiros que fizeram parte das negociações do acordo admitiram ainda que houve uma revisão das ambições, diante do profundo racha que existe na comunidade internacional.

O texto, originalmente com o objetivo de recuperar a importância da ONU e dar respostas para os desafios do século 21, foi transformado em uma lista de aspirações, com pouco impacto. Ainda assim, o impasse continua em alguns dos aspectos relacionados à segurança e outros temas.

Para muitos, o acordo, com o ambicioso nome de Pacto do Futuro, não passa de um compromisso dos governos a compromissos já feitos no passado. E que nunca foram cumpridos.

Com informações do portal UOL e portal Brasil 247

Fonte: https://agendadopoder.com.br/lula-deve-alertar-sobre-ameacas-das-redes-sociais-a-democracia-em-discurso-numa-onu-esvaziada-pelos-lideres-das-grandes-potencias/