A Marinha do Brasil continua, nesta quarta-feira (18), as buscas por um tripulante desaparecido após o naufrágio do Navio Concórdia, a 15 quilômetros da costa de Ponta de Pedras, em Goiana, litoral norte de Pernambuco.
O acidente, que ocorreu na noite de domingo (14), resultou na morte de quatro pessoas e deixou quatro sobreviventes, conforme divulgado pela Capitania dos Portos de Pernambuco.
O assistente de máquinas Marcos Antônio Viana Coragem, de 58 anos, estava entre os quatro tripulantes que morreram no naufrágio do Navio Concórdia. À CNN, o filho dele, Airton Coragem, informou que o pai estava preocupado com o peso da mercadoria que a embarcação transportava. “Ele sempre pedia orações quando ia trabalhar. Dessa vez, ele pediu orações e disse que o navio estava muito pesado”, comentou Airton.
Segundo o advogado Jadson Borges, que faz a defesa do empresário Antônio Gonçalves, dono da empresa AGS Fretes Marítimos e do Navio Concórdia, a embarcação transportava menos material do que a capacidade total permitida.
Em entrevista à CNN, ele explicou que o navio saiu do Recife com cerca de 120 toneladas, abaixo da capacidade máxima permitida, de 180 toneladas, mas problemas foram relatados horas após a partida. “É pouco provável que isso aconteça porque isso [o excesso de carga] é muito fácil de ver, a Marinha teria parado o navio. Foi informado que a embarcação estava com problemas no leme antes de afundar e a decisão do capitão foi retornar ao Recife. O navio afundou enquanto era rebocado”, enfatiza o advogado.
O Navio Concórdia havia partido do Recife no sábado (14) com destino a Fernando de Noronha, transportando alimentos e material de construção para a ilha. No entanto, o naufrágio ocorreu após apenas 60 quilômetros de viagem, durante o trajeto de 545 quilômetros.
Em nota, a Marinha destacou que a Operação de Busca e Salvamento, coordenada pelo Salvamar Nordeste, continua em andamento na tentativa de localizar o tripulante desaparecido. Um inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos de Navegação foi instaurado para apurar as causas e as circunstâncias do ocorrido.
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/navio-concordia-filho-de-vitima-questiona-peso-da-embarcacao-que-naufragou/