“Ela era especial“, diz pai da menina de 10 anos que morreu no Paraná

“Ela era especial e não sabia”, disse José Adryano Tesluki, pai de Alyce Tesluki, menina de 10 anos que morreu após passar mal na escola em Rebouças, no Paraná, na tarde de segunda-feira (16).

A criança faleceu depois de vomitar e reclamar de náuseas e dor de cabeça na Escola Municipal Erasmo Pilotto, onde estudava.

O pai de Alyce conversou com a CNN na manhã desta sexta-feira (20) sobre sua filha. Ele disse que a menina se sentia bem na manhã de segunda (16) antes de ir para o colégio.

“Ela estava bem no dia. Nunca se queixou de dor, não tomava remédio e não tinha nenhuma doença, não tinha nada”, afirmou.

José contou que o padrinho levou a criança para a escola, como de costume. Antes de sair, a filha se despediu de seu pai. “Ela disse tchau, beijo. Te amo. Te amo. Te amo”, contou.

Na hora da tragédia, José estava na cidade de São Mateus do Sul, que fica a cerca de uma hora do município de Rebouças.

Ele tinha ido comprar patos para sua filha. “Me ligaram da escola, mas quando cheguei no hospital, já recebi a notícia”.

O homem contou que Alyce gostava muito de plantas e até tinha ido a uma exposição em Curitiba, recentemente. Ela também frequentava à Igreja com sua avó materna, que ajudou a criá-la.

José ainda comentou que sua filha tinha acabado de ganhar uma cachorrinha. “Ela tinha uma cadelinha, a Piquitita, que havia ganhado há 10 dias. A cachorra era o xodó dela e nem conseguiu aproveitar”, completou.

Além de seu pai, Alyce Tesluki deixou sua mãe, Sônia, e seus irmãos Adryan, de 23 anos, e Adryana de 14 anos de idade. Todos moravam juntos na mesma casa em Rebouças.

Relembre o caso

A Defesa Civil municipal informou que os agentes foram acionados por uma funcionária às 13h17 para a Escola Municipal Erasmo Pilotto.

A equipe encontrou Alyce no chão, ao lado de suas professoras que realizavam os primeiros socorros, com pulsos e batimentos cardíacos fracos, após já ter vomitado.

Depois de ser socorrida, a menina foi encaminhada ao Hospital de Caridade Dona Darcy Vargas. Segundo a unidade, ela apresentou um possível quadro convulsivo na escola e já foi encontrada em PCR (parada cardiorrespiratória).

Nesta quinta-feira (19), a Polícia Civil do Paraná confirmou que a criança chegou ao hospital já sem vida.

A Escola Erasmo Pilotto lamentou a morte da aluna em uma rede social. “Nossa querida Alyce…nosso anjo foi morar com Deus”.

A polícia informou que investiga o caso e já ouviu pessoas que tiveram algum contato direto com a criança: parentes, profissionais do colégio e agentes de saúde que realizaram o atendimento.

A corporação ressaltou que, até o momento, não foi constatada nenhuma doença pré-existente de Alyce. A polícia aguarda o laudo pericial e a análise do médico legista para chegar a uma causa da morte.