Foto: Reprodução/Redes Sociais
Em dezembro de 2023, a prefeita de Timon, Dinair Veloso (PDT-MA), lançou um edital com o objetivo de instalar placas de energia solar nas escolas do município, visando reduzir as despesas com energia elétrica. No entanto, o edital foi rapidamente alvo de críticas e denúncias devido a diversas irregularidades identificadas, incluindo superfaturamento de 40,06%. O valor total estimado do projeto era de R$ 7,3 milhões, dos quais mais de R$ 3 milhões foram considerados como sobrevalorizados, gerando desconfiança sobre a integridade do processo.
O vereador Uilma Resende (PSDB) foi o primeiro a formalizar denúncia ao Ministério Público do Maranhão, que, em conjunto com o Tribunal de Contas, iniciou uma investigação que durou seis meses. Ao fim dessa apuração, as autoridades concluíram que o projeto estava repleto de irregularidades, levando ao seu bloqueio. Uma das principais falhas apontadas além do superfaturamento, foi a ausência de um engenheiro elétrico responsável pela elaboração e fiscalização do sistema de geração de energia solar, um requisito técnico fundamental para a execução desse tipo de serviço.
Segundo Uilma Resende, essa é mais uma mancha na atual gestão de Dinair Veloso, que já acumula uma série de escândalos que marcaram a memória dos moradores de Timon. Entre esses episódios estão a controversa compra de machados e picaretas para a área da saúde, a aquisição de uma máquina de ressonância magnética que, embora estivesse sendo paga desde 2022, só começou a funcionar efetivamente em 2024, e o gigantesco rombo no Instituto de Previdência de Timon (IPMT), denunciado pelo vereador Francisco Borges (MDB-MA), revelou que o déficit no IPMT de R$ 800 milhões, o que coloca em risco a capacidade da autarquia conceder aposentadorias aos servidores efetivos da prefeitura.
Os escândalos envolvendo a prefeita Dinair têm se acumulado ao longo de seu mandato, desde os casos de funcionários fantasmas até as compras suspeitas para o setor de saúde, como a já mencionada aquisição de machados e picaretas. Agora, com a denúncia de superfaturamento no projeto de energia solar, a imagem da gestão enfrenta novos desafios. A atuação do vereador Uilma Resende, ao denunciar as irregularidades do edital, aponta para a necessidade de maior fiscalização e controle sobre os contratos públicos no município.
A proposta de instalar placas solares nos prédios públicos, que poderia representar uma significativa economia para o município, acabou se tornando mais um ponto de controvérsia na gestão da prefeita Dinair Veloso. O superfaturamento identificado e as irregularidades técnicas relacionadas ao projeto trouxeram à tona novamente a preocupação com a administração de recursos públicos e a transparência na gestão de contratos municipais.
O impacto dessas revelações sobre a população de Timon e o futuro político da prefeita Dinair Veloso ainda está por ser visto. A sucessão de problemas administrativos e o acúmulo de escândalos certamente afetarão a percepção dos eleitores sobre sua gestão, especialmente à medida que se aproximam as eleições municipais do dia 6 de outubro.
