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Anderson Ferreira tem se destacado como uma liderança importante no estado, à frente do Instituto de Colonização e Terras (Iterma), promovendo o maior programa de regularização fundiária da história do Maranhão. Com uma trajetória marcada por ações em prol dos assentados e dos direitos territoriais, Anderson tem comandado iniciativas que visam melhorar a qualidade de vida de milhares de famílias. Nesta entrevista, concedida ao Jornal Pequeno, ele compartilha os principais avanços do Iterma e os desafios para o próximo ano.
Jornal Pequeno: Presidente Anderson, quais são os principais resultados alcançados pelo Iterma nos últimos anos?
Anderson Ferreira: Nos últimos dois anos e cinco meses, conseguimos emitir mais de 8.400 títulos de terras, beneficiando mais de 12.000 famílias. Incluindo também as ações para comunidades e povos tradicionais, até setembro de 2024, foram realizadas 75 titulações quilombolas estaduais, abrangendo uma área total de aproximadamente 6.700 hectares e beneficiando mais de 7.500 famílias. Em 2023, passamos de uma titulação por ano para cinco territórios quilombolas regularizados. Sob a gestão de Carlos Brandão, de abril de 2022 até setembro de 2024, foram entregues onze títulos coletivos, tornando-se a gestão que mais regularizou territórios quilombolas na história do Maranhão.
JP – Como está o trabalho de regularização fundiária urbana?
AF:No Programa “Esta Casa Agora é Minha”, que também lançamos este ano, entregamos 1.500 títulos em São Luís e Paço do Lumiar, e regularizamos 1.000 lotes em Colinas. Estamos planejando regularizar mais de 3.500 lotes até dezembro de 2024, com uma meta de 1.000 imóveis urbanos por mês.
JP:O que podemos esperar para o futuro imediato do Iterma?
*AF:* Em 2024, estamos focados na continuidade do Programa Paz no Campo e na criação do eixo “Combate à Grilagem”. Nossa meta é emitir 10 mil títulos de terras até o final do ano e já recuperamos mais de 200 mil hectares de terras griladas. A captação de recursos e o cadastramento nas comunidades são prioridades para intensificarmos as entregas.
JP: O que o Programa Nacional do Crédito Fundiário (PNCF) trouxe de novo para as comunidades rurais com a transferência da ação para o Iterma este ano?
AF: O PNCF permitiu a aquisição de mais de 7.000 hectares de terras, beneficiando 148 famílias com mais de R$ 27 milhões do Fundo de Terras. Também disponibilizamos mais de R$ 500 mil para assistência técnica, essencial para a consolidação da produção rural.
JP: Quais são os principais desafios que o Iterma enfrenta atualmente?
AF: Os principais desafios incluem a resistência à regularização de terras, a necessidade de maior articulação entre os órgãos governamentais e a continuidade do suporte técnico às comunidades. Acredito que, com uma gestão integrada e focada, conseguiremos superar esses obstáculos.
JP: Para finalizar, qual mensagem você deixaria para as famílias que aguardam a regularização de suas terras?
AF: Quero garantir que, junto com o nosso governador Carlos Brandão, permaneceremos comprometidos e trabalhando para aqueles que mais precisam, levando segurança jurídica e mais qualidade de vida para as famílias maranhenses.