9 de outubro de 2024
Ministério Público pede prisão imediata de Adriana Villela no caso
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O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) solicitou, na tarde desta terça-feira (8/10), a prisão imediata de Adriana Villela. A solicitação ocorreu após a publicação de um acórdão do Supremo Tribunal Federal (STF), que validou a execução imediata da pena imposta pelo Tribunal do Júri. Adriana Villela foi condenada a 67 anos de prisão pelo assassinato do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), José Guilherme Villela, sua esposa, Maria Villela, e a empregada da família, Francisca Nascimento. O crime, que ocorreu em 2009, ficou conhecido como o “Crime da 113 Sul” e chocou o país.

O advogado de Adriana, Kakay, afirmou que o pedido de prisão foi feito de maneira incorreta, alegando que foi direcionado à autoridade errada. Ele destacou que há um recurso pendente no Superior Tribunal de Justiça (STJ), e que a decisão sobre a prisão deve ser tomada pelo ministro Rogério Schietti Cruz. Kakay também ressaltou que o julgamento foi realizado há anos e que, desde então, Adriana permanece em liberdade, sem apresentar comportamentos que justificassem uma prisão preventiva.

O STF, em sua decisão, considerou constitucional a execução da pena após condenações pelo Tribunal do Júri em crimes dolosos contra a vida, como homicídios e feminicídios. Entretanto, a defesa argumenta que esse entendimento entra em conflito com a decisão da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 43, que defende o princípio da presunção de inocência.

O caso de Adriana Villela ocorreu em agosto de 2009, quando os corpos de seus pais e da empregada foram encontrados com 73 facadas no apartamento da família. Aproximadamente um ano após o crime, Adriana foi presa junto com o porteiro do prédio, Leonardo Campos Alves, que confessou os assassinatos, mas depois recuou, alegando que foi torturado. Todos os envolvidos no crime foram condenados, somando penas que totalizam 177 anos.

Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2024/10/ministerio-publico-pede-prisao-imediata-de-adriana-villela-no-caso-do-crime-da-113-sul/