10 de outubro de 2024
71% das mulheres em TI trabalham horas extras para crescer
Compartilhe:

Um estudo da Acronis, divulgado nesta quinta-feira (10), aponta que o setor de tecnologia da informação (TI) ainda enfrenta desafios significativos em relação às oportunidades de desenvolvimento de carreira para mulheres.

A pesquisa, chamada “The New FOMO: Females Fear Missing Opportunities in IT”, aborda o conceito de “Female Fear of Missing Out”, uma adaptação do termo FOMO (Fear of Missing Out), que descreve a ansiedade de perder oportunidades que podem impactar a vida pessoal ou profissional.

Desigualdade de gênero no mercado de trabalho

  • O estudo revela que, embora 32% das mulheres entrevistadas acreditem que homens e mulheres são tratados de forma igual no ambiente de trabalho, 31% afirmam que os homens são promovidos mais rapidamente.
  • Além disso, 71% das participantes relataram que trabalham mais horas do que o previsto em seus contratos, na tentativa de melhorar suas chances de ascensão profissional.
  • Pesquisas complementares, como uma realizada pela Universidade de Yale, apontam que a lentidão na promoção de mulheres se deve à subestimação do potencial feminino por gerentes homens.
  • Um estudo anterior do Centro Nacional para Mulheres e Tecnologia da Informação (CNMTI) revelou que as mulheres estão predominantemente em cargos de entrada e de nível médio, com sua presença diminuindo rapidamente em posições mais altas.
  • O relatório destacou que 41% das mulheres e 17% dos homens deixam empresas de tecnologia após 10 anos de serviço, caso não alcancem cargos de liderança.
71% das entrevistadas acredita que precisa trabalhar além de seu contrato para conquistar uma promoção. (Imagem: fizkes / Shutterstock.com)

Falta de liderança feminina

A falta de liderança feminina na área de cibersegurança foi mencionada por 63% das mulheres entrevistadas. Além disso, 84% concordam que as organizações de tecnologia se beneficiariam com a presença feminina em cargos de comando.

Em relação ao desenvolvimento de carreira, apenas 34% acreditam que existem programas adequados de treinamento, e atividades como aulas magistrais (63%), eventos de networking (58%) e associações em organizações profissionais (44%) são vistas como essenciais para o avanço profissional.

As entrevistadas também apontaram iniciativas que poderiam ser adotadas pelas empresas para promover a igualdade de gênero: 51% sugeriram mais oportunidades de mentoria, 49% mencionaram a contratação ativa de candidatas diversas e 49% enfatizaram a importância da equidade salarial.

mulher explicando algo para uma mesa de pessoas em ambiente de trabalho
Falta de liderança feminina no mercado de TI foi citada como um fator pelas entrevistadas da pesquisa. (Imagem: Jacob Lund / Shutterstock.com)

Leia mais:

  • Você é da Geração Z? Conheça os principais atalhos além do Ctrl C + Ctrl V
  • 5 cursos gratuitos em tecnologia para aprender na Escola Virtual
  • O que é tecnoautoritarismo e por que ele ameaça a sua vida?

A vantagem da diversidade

Alona Geckler, SVP de Operações de Negócios da Acronis, destacou que promover a igualdade de gênero na indústria de TI é uma vantagem estratégica que traz benefícios tanto para as mulheres quanto para as organizações.

“Ao contratar mulheres para funções em TI, as empresas ganham uma riqueza de perspectivas e ideias inovadoras, fortalecendo suas equipes e proporcionando uma vantagem competitiva”, afirmou Geckler.

Como parte da iniciativa #CyberWomen, a Acronis oferece programas de mentoria que visam identificar, educar, inspirar e orientar a próxima geração de líderes femininas, selecionando mulheres com alto potencial para serem mentoradas por executivos seniores e conselheiros da empresa.

O post 71% das mulheres em TI trabalham horas extras para crescer na carreira apareceu primeiro em Olhar Digital.

Fonte: https://olhardigital.com.br/2024/10/10/pro/71-das-mulheres-em-ti-trabalham-horas-extras-para-crescer-na-carreira/