11 de outubro de 2024
Polícia Civil intensifica ações contra o comércio de celulares furtados
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Mais uma fase do programa “Meu Celular de Volta”, implementado pelo Governo do Maranhão por meio da Secretaria de Estado da Segurança Pública, ocorreu na quinta-feira (10). A ação da Polícia Civil cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em diversos estabelecimentos que atuavam na revenda de celulares furtados ou roubados. Até o final da manhã, 17 aparelhos irregulares foram confiscados.

A operação foi resultado de investigações e informações obtidas após a intimação de milhões de pessoas com celulares reportados como perdidos, furtados ou adquiridos na Grande Ilha. Durante um mutirão realizado no Ginásio Georgiana Pflueger (Castelinho), 300 pessoas foram atendidas, resultando na entrega de mais de 220 aparelhos. As informações sobre os locais de aquisição de celulares foram essenciais para a emissão dos mandatos de busca.

“Esta fase foi importante não apenas pelas apreensões, mas pela mensagem transmitida aos proprietários dos estabelecimentos. Foi também uma oportunidade de fiscalizar os locais indicados como participantes de práticas ilegais, reforçando nosso compromisso com o combate ao roubo e furto de celulares, conforme as diretrizes do governador Carlos Brandão”, acompanhado pelo delegado-geral da Polícia Civil do Maranhão, Manoel Almeida Neto.

A operação envolveu cerca de 60 policiais que realizaram diligências em bairros de São Luís e em municípios da Grande Ilha, como Belira, Liberdade e São Cristóvão. Os alvos incluíram tanto empresas quanto indivíduos, e também foram operados em locais indicados como pontos de desbloqueio de celulares.

“O mercado de desbloqueio existe, geralmente, porque os aparelhos furtados ou roubados estão bloqueados. Para serem reutilizados e reintegrados ao mercado de maneira legal, eles precisam passar por esse processo”, explicou o delegado Henrique Mesquita, da Seccional Leste, que coordenou a operação.

Durante a execução dos mandatos, os proprietários e funcionários dos estabelecimentos foram alertados sobre as consequências legais relacionadas à venda de celulares perdidos ou furtados e a importância de manter um comércio regular. Os policiais solicitaram a apresentação das notas fiscais dos aparelhos à venda para verificar a origem dos produtos e garantir a ausência de vínculos com o comércio ilegal.

O delegado Luigi Conte Neto, coordenador do programa “Meu Celular de Volta”, enfatizou que a operação faz parte do ciclo contínuo do programa, que irá intimidar mais pessoas nos próximos dias. “Seguiremos intimando, após o processo de rastreamento que realizamos com o apoio das operadoras, levando em conta as informações contidas nos boletins de ocorrência. Em breve, daremos início à fase mais esperada: a devolução dos aparelhos aos seus legítimos proprietários”.

As pessoas que não compareceram após a primeira intimação e não justificaram a ausência serão novamente convocadas. Caso a polícia não obtenha resposta, a intimação será feita publicamente por um agente no endereço indicado. Aqueles que não puderam participar do primeiro mutirão e quiserem se adiantar podem se dirigir a qualquer delegacia da Grande Ilha.

O programa “Meu Celular de Volta”, lançado em setembro, destina-se a vítimas de roubo, furto ou perda de celulares que registraram Boletim de Ocorrência com o número de IMEI (Identificação Internacional de Equipamento Móvel). Inicialmente, a ação abrange apenas os municípios da Grande Ilha, mas a partir de novembro, Imperatriz, na Região Tocantina, também será incluída.

Com o intuito de reduzir crimes como roubos e furtos, o programa visa estimular a comercialização de aparelhos de origem ilícita, contribuindo para a redução de crimes relacionados, uma vez que celulares roubados podem conter aplicativos bancários, senhas e dados pessoais, facilitando fraudes e golpes .

Orientações da Polícia Civil:

Em caso de perda ou furto, o registro da ocorrência pode ser feito pelo site da Delegacia Online. Para roubo, que é considerado um crime mais grave, a vítima deve ser dirigida à delegacia. É fundamental informar o número do IMEI (disponível na caixa do aparelho ou na nota fiscal) para que a polícia possa rastrear.

Caso não tenha caixa ou nota fiscal, o número de IMEI pode ser acessado escrevendo *#06# no celular. É importante verificar se o aparelho utiliza mais de um SIM Card, pois cada chip possui um IMEI.

Os cidadãos devem adquirir celulares de fontes específicas e denunciar tentativas de venda de dispositivos sem origem comprovada. Ao realizar transações online, é aconselhável salvar as mensagens trocadas, o perfil do vendedor e outras informações pertinentes.

Sempre é recomendado exigir nota fiscal ou documento que comprove a origem do produto. Desconfiar preços muito abaixo do mercado é crucial, pois pode indicar ilegalidade.

Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2024/10/policia-civil-intensifica-acoes-contra-o-comercio-de-celulares-furtados/