O Google anunciou seu primeiro acordo para comprar energia de mini reatores nucleares, da Kairos Power. A ideia da big tech é colocar essa energia nos seus serviços de inteligência artificial (IA) – por exemplo: o Gemini.
A empresa se comprometeu a usar a energia gerada por sete reatores modulares pequenos (SMR, na sigla em inglês) que serão construídos pela startup. A Kairos planeja construir o primeiro até 2030 e os demais até 2035, gerando 500 megawatts de potência no total.
Para quem não sabe: SMRs são mais compactos e, em tese, fáceis de implantar. Mas esta tecnologia ainda está em estágio inicial e precisa de aprovação regulatória.
Google é mais uma big tech a investir no desenvolvimento de energia nuclear
O Google segue a tendência entre big techs em apostar no desenvolvimento rápido de energia nuclear para atender demandas energéticas da IA. Isso porque considera-se a nuclear uma fonte de energia mais consistente em comparação à solar e eólica.
- A Microsoft fechou uma parceria, em setembro, para reativar uma unidade da usina Three Mile Island, na Pensilvânia (EUA) – local de um acidente em 1979 considerado, até hoje, como o pior da história do país;
- A AWS, da Amazon, anunciou investimento de US$ 650 milhões (R$ 3,7 bilhões), em março, num campus de data centers que funciona com energia gerada por outra usina nuclear da Pensilvânia.
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Prós e contras da energia nuclear
De um lado, o diretor sênior de energia e clima do Google, Michael Terrell, disse o seguinte, numa coletiva de imprensa: “Acreditamos que a energia nuclear tem um papel crítico no apoio ao nosso crescimento limpo e na entrega dos avanços da IA. A rede precisa desse tipo de fontes de energia limpa e confiável que possam apoiar o desenvolvimento dessas tecnologias.”
De outro, opositores à energia nuclear apontam preocupações sobre: descarte de resíduos radioativos, potencial de acidentes e custos altos para construir e desativar usinas, conforme apontado pelo jornal Folha de S. Paulo.
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