Companhia aérea será investigada por maus tratos após cachorro morrer em viagem

A família de tutores do cão Joca, golden retriever de 4 anos morto após transporte aéreo, esteve na Delegacia Seccional de Guarulhos, na tarde desta terça-feira (23), para registrar um boletim de ocorrência contra a companhia aérea que realizou o transporte do animal.

O caso foi registrado como crime de abuso a animais e será investigado pela Delegacia de Investigação de Crimes Contra o Meio Ambiente.

A empresária Marcia Aparecida Martins, mãe do engenheiro João Fantazzini, que viajava com o cachorro, afirmou que a morte de Joca pegou a todos de surpresa. Segundo ela, ele saiu de casa alegre e brincando, chegou a interagir com os funcionários do espaço pet do aeroporto.

Marcia relatou que seu filho escolheu viajar com a companhia em questão por causa da possibilidade de viajar na mesma aeronave que o cachorro, com destino à cidade de Sinop (MT). “O João não queria ficar longe dele nem um minuto”, disse.

Segundo a mãe, João foi avisado por telefone sobre o erro operacional da empresa que fez com que o cachorro fosse levado à Fortaleza (CE). De acordo com ela, pediram que o rapaz retornasse a Guarulhos, de onde havia embarcado, para reencontrar o animal. Ela alega que não foi oferecida outra possibilidade.

Já no aeroporto em São Paulo, João chegou a conversar com uma funcionária da GOL Linhas Aéreas, que informou que o cão havia passado mal durante o voo e que um veterinário tinha sido chamado. Logo em seguida, o tutor ficou sabendo da morte de Joca.

Em nota, a GOL afirmou que o passageiro optou regressar a Guarulhos para se encontrar com o cachorro. A companhia diz ainda que, após o pouso no Aeroporto de Guarulhos, os colaboradores da companhia foram “surpreendidos pelo falecimento do animal”.

A GOL lamentou profundamente o ocorrido e disse que está oferecendo todo o suporte necessário ao tutor do animal. “A apuração dos detalhes do ocorrido está sendo conduzida com prioridade total pelo nosso time”, completou a companhia.