23 de novembro de 2024
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A presença dos microplásticos está cada vez maior. E não é apenas nos rios, oceanos e no solo. Estes materiais também já foram identificados em praticamente todos os órgãos humanos, ligando alertas sobre os efeitos disso à saúde humana.

Milhões de toneladas do material estão presentes nos oceanos

De acordo com a organização International Union for Conservation of Nature, 28,3% dos microplásticos presentes no oceano são originários de fragmentos dispersados por pneus enquanto rodam no asfalto. Outros 35% surgem a partir de fibras sintéticas têxteis (poliéster e poliamida) liberadas em grandes quantidades após a lavagem doméstica. Já 24% são provenientes de poeira das grandes cidades.

Materiais têm se acumulado no fundo do mar (Imagem: xalien/Shutterstock)

Em 2016, o Fórum Econômico Mundial de Davos divulgou uma previsão assustadora: até 2050, os oceanos teriam, em peso, mais plásticos do que peixes. Já a Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep) afirma que, hoje, podem existir até 199 milhões de toneladas de plástico nos oceanos.

Ao mesmo tempo, um estudo realizado na Austrália concluiu que, até 2019, havia mais de 170 trilhões de partículas plásticas flutuando pelos oceanos. Atualmente, estima-se que existam cerca de 14 milhões de toneladas de plástico no fundo do mar. As informações são do UOL.

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Amostra de microplásticos na água, armazenados em um pequeno vidro
Presença de microplásticos no nosso cotidiano é preocupante (Imagem: MargJohnsonVA/Shutterstock)

Riscos dos microplásticos

  • Os microplásticos são pequenas partículas sólidas de materiais baseados em polímero com menos de cinco milímetros de diâmetro.
  • Além de levar milhares, ou até milhões de anos para se decompor, elas estão espalhadas por todo o planeta, inclusive na própria água potável.
  • Essas substâncias podem ser divididas em duas categorias: primárias e secundárias.
  • Os primários são projetados para uso comercial: são produtos como cosméticos, microfibras de tecidos e redes de pesca.
  • Já os secundários resultam da quebra de itens plásticos maiores, como canudos e garrafas de água.
  • Este tipo de material já foi detectado em diversos órgãos humanos, sendo encontrados no sangue, cérebro, coração, pulmões, fezes e até mesmo em placentas.
  • Embora os impactos à saúde humana ainda não sejam totalmente conhecidos, experimentos indicam que as substâncias podem ser consideradas um fator ambiental para a progressão de doenças, como o Parkinson.
  • Recentemente, estudos sugeriram que a exposição aos microplástiscos pode, inclusive, afetar a produção de espermatozoides nos testículos, contribuindo para o declínio da fertilidade.

O post Microplásticos já foram encontrados em quase todos os órgãos humanos apareceu primeiro em Olhar Digital.

Fonte: https://olhardigital.com.br/2024/10/21/medicina-e-saude/microplasticos-ja-foram-encontrados-em-quase-todos-os-orgaos-humanos/