A Comissão de Ética Pública da Presidência aplicou a pena de censura ética ao ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro, Milton Ribeiro, investigado pela Polícia Federal por corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência por suposto envolvimento em um esquema para liberação de verbas do Ministério da Educação entre julho de 2020 e março de 2022.
Conforme informações do colunista Lauro Jardim, do Globo, Milton Ribeiro chegou a ser preso pela PF e acabou demitido do governo. Segundo a investigação, Ribeiro atuava com os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura junto a prefeitos para a liberação, por meio de concessão de propina, de recursos do MEC. À época, a PF também prendeu Helder Bartolomeu, ex-assessor da prefeitura de Goiânia, e Luciano Freitas Musse, ex-assessor de Ribeiro no ministério. Eles foram soltos depois.
A investigação mostrou à época que prefeitos que tentaram ter acesso a recursos do MEC para a construção de escolas contaram que o pastor Arilton Moura, apontado como lobista na pasta, pedia propina para ajudá-los a destravar a verba do órgão. Um deles contou que a vantagem indevida foi solicitada tanto em dinheiro como por meio de compra de Bíblias. Os pedidos variaram de R$ 15 mil a R$ 40 mil, além da compra de bíblias.
Em reunião ontem, a Comissão de Ética decidiu aplicar a censura ética a Milton “por permitir que os pastores praticassem condutas ilícitas no ministério”. O caso foi relatado pelo conselheiro Manoel Caetano Ferreira, presidente do colegiado. A punição impede Milton Ribeiro de ser contratado pelo governo federal pelos próximos três anos.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/comissao-de-etica-da-presidencia-censura-milton-ribeiro-ex-ministro-da-educacao-de-bolsonaro/