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Suchir Balaji passou quase quatro anos como pesquisador na OpenAI, onde ajudou a organizar dados da internet para desenvolver o ChatGPT. Inicialmente, ele não questionou os direitos legais da empresa sobre o uso desses dados, mas, após o lançamento do chatbot, em novembro de 2022, começou a refletir sobre as implicações de sua utilização.

Balaji concluiu que o uso de dados protegidos por direitos autorais violava a lei e que tecnologias como o ChatGPT prejudicavam a internet, como ele mesmo contou em entrevista ao The New York Times. Em agosto, ele deixou a OpenAI, afirmando que não queria contribuir para tecnologias que acreditava serem prejudiciais à sociedade.

Ao contrário de muitos que alertam sobre riscos futuros da inteligência artificial (IA), Balaji vê ameaças imediatas, como a destruição da viabilidade comercial de criadores de conteúdo. Ele critica o modelo de negócios da OpenAI, que, segundo ele, não é sustentável para o ecossistema digital.

Ex-funcionário deixou OpenAI por não compactuar com práticas que prejudicariam outras pessoas (Imagem: Mojahid Mottakin/Shutterstock)

OpenAI alega que uso de dados públicos não é prejudicial

A OpenAI, por sua vez, defende que usa dados públicos de maneira justa, citando a doutrina do “uso justo”;
No entanto, Balaji argumenta que as tecnologias geram cópias substanciais dos dados, competindo diretamente com conteúdos existentes;
Ele aponta que essas IAs frequentemente produzem informações falsas, alterando a qualidade da internet.

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Especialistas em propriedade intelectual, como o advogado Bradley J. Hulbert, afirmam que as leis atuais não foram feitas para a era da IA e sugerem que o Congresso dos Estados Unidos deve criar novas regulamentações. “Considerando que a IA está evoluindo tão rapidamente, é hora de o Congresso intervir”, afirma o advogado.

Balaji concorda, enfatizando a necessidade urgente de regulamentação no setor. “É a única saída para tudo isso”, diz ele.