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A Open Source Initiative (OSI) anunciou sua definição oficial de inteligência artificial “aberta”, o que pode gerar tensões com grandes empresas de tecnologia, como a Meta.

Embora a OSI tenha estabelecido padrões claros para software de código aberto, os sistemas de IA apresentam complexidades, como dados de treinamento, que não se encaixam nas definições tradicionais.

Para ser classificado como verdadeiramente aberto, um sistema de IA deve obedecer algumas diretrizes.

Requisitos para um sistema de IA ser classificado como aberto

Oferecer acesso aos dados de treinamento para que outros possam entender e replicar o modelo.
Fornecer o código completo que compõe e opera a IA.
Incluir as configurações e pesos de treinamento que influenciam os resultados.

Essa nova definição desafia o modelo Llama da Meta, considerado um dos maiores exemplos de IA de código aberto, que, apesar de ser publicamente acessível, impõe restrições comerciais e não disponibiliza os dados de treinamento.

A porta-voz da Meta, Faith Eischen, afirmou que a empresa discorda da definição da OSI, ressaltando que não existe um consenso sobre o que é IA de código aberto devido à complexidade dos modelos atuais.

Para classificar uma IA como aberta, a OSI exige transparência nos dados de treinamento – Imagem: NicoElNino/Shutterstock

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A OSI, no entanto, busca estabelecer padrões que podem levar a um combate mais eficaz contra práticas de “open washing”, onde empresas se autodenominam de código aberto sem atender aos critérios.

Stefano Maffulli, diretor executivo da OSI, explicou que a definição foi o resultado de dois anos de consultas com especialistas de diversas áreas.

Ele compara a situação atual ao que ocorreu na década de 1990, quando a Microsoft via o código aberto como uma ameaça, destacando que as empresas de tecnologia justificam frequentemente a proteção de seus dados de treinamento para evitar responsabilidades legais e preservar vantagens competitivas. Essa dinâmica ressalta a luta entre inovação aberta e interesses comerciais.