22 de novembro de 2024
31 de outubro: Dia do Saci para relembrar o folclore
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O último dia do mês de outubro é marcado pelo Dia do Saci e pelo Dia das Bruxas, ou Halloween. No Brasil, a data festiva, mas restrita a determinado público, tornou-se comercial de tal forma que lojas investem em decorações e acessórios para lucrar com a festinha que remete à tradição americana.

Aqui no Brasil, a luta é para difundir o 31 de outubro como o Dia do Saci, data que foi criada para valorizar o folclore brasileiro, em oposição à supervalorização de elementos culturais de outros países. 

Em 2003 foi criado o projeto de lei no 2.762/2003 do então deputado Aldo Rebelo. Dez anos depois, a Comissão de Educação e Cultura elaborou o projeto de lei no 2.479/2013, que consolidou o dia 31 de outubro como o Dia do Saci.

O Dia do Saci celebra a valorização e promoção das lendas folclore nacionais, além de personagens que fazem parte do imaginário brasileiro. O personagem central dessa festividade é o Saci-Pererê, uma figura do folclore brasileiro conhecida por suas travessuras e habilidades mágicas, como aparecer e desaparecer em redemoinhos de vento.

Ao Saci Pererê são atribuídas às coisas que dão errado. Ele entra nas casas e apaga o fogo, faz queimar as comidas das panelas, seca a água das vasilhas, dá muito trabalho às pessoas escondendo os objetos que dificilmente serão encontrados novamente. Seu principal divertimento é atrapalhar as pessoas para se perderem.

Figura emblemática do folclore brasileiro, com influências indígena e africana, ele é geralmente representado como um menino negro, careca, de uma perna só, que usa um gorro vermelho e gosta de pregar peças.

De acordo com o mito, ele perdeu a outra em uma luta de capoeira. A sua popularidade aumentou com as histórias de Monteiro Lobato, em que o Saci era uma figura constante nas aventuras de Narizinho, Pedrinho e Emília.

E no folclore maranhense?

Conhece algumas das muitas lendas que fazem parte das nossas tradições?

Carruagem de Ana Jansen

A lenda mais conhecida do Maranhão. Ana Jansen, poderosa comerciante e figura política do estado no século XIX, “ganhou a fama” de maltratar os escravos, segundo historiadores, preconceito pela figura da mulher na época. Por isso, por essa “fama”, teria sido condenada a vagar na eternidade, em uma carruagem assombrada, puxada por cavalos decapitados e conduzida por escravos, também sem cabeça, nas madrugadas das sextas-feiras.

A serpente encantada

Reza a lenda que uma enorme serpente encantada mora nas galerias de São Luís, e que quando a sua cabeça, que está na Fonte do Ribeirão, encontrar o rabo, localizado na Igreja de São Pantaleão, a ilha vai afundar!

Homem do saco

Diz a lenda que a figura vaga pelas ruas com um saco enorme nas costas, atrás de crianças bagunceiras para fazer sabão. A história se espalhou no século XIX, com a chegada de povos ciganos, que andavam com suas mercadorias e pertences, e causavam medo nos moradores.

Manguda

Uma figura medonha que assombra quem anda desavisado às noites, vestida de branco e com sua cabeça brilhante; a manguda. Poderia ser assustador? Sim. No final do século XIX dizia-se que a figura circulava pelas imediações da Igreja dos Remédios (Praça Gonçalves Dias). Porém, depois de causar muito medo, foi descoberto que o personagem foi criado por contrabandistas fantasiados que faziam suas atividades ilegais, na calada da noite, e usavam do artifício para espantar o povo das ruas.

Lenda da praia do Olho d’Água

Conta-se que antes da chegada de Daniel de la Touche às terras de Upaon-Açu, existia, na Praia do Olho D’Água, uma aldeia indígena chefiada por Itaporama. A filha dele se apaixonou por um jovem da tribo. Um dia, após tomar banho nas águas bravas do mar foi visto pela Mãe D’Água, que se apaixonou perdidamente pela beleza do jovem guerreiro, e o seduziu levando-o para o seu palácio no fundo do mar.

A filha de Itaporama vagou dias e dias pela praia para encontrar o jovem índio. Com fome e sede, chorou até morrer pelo amor perdido. Na areia da praia, onde foi enterrada, brotaram dois olhos d’água que viraram duas nascentes e que correm sem parar em direção ao mar.

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Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2024/10/31-de-outubro-dia-do-saci-para-relembrar-o-folclore/