Um roteiro formado por estrelas anãs M pode abrir um novo caminho na busca por vida fora da Terra. O “mapa” do espaço foi criado por dois astrônomos do Departamento de Física e Astronomia da Universidade Estadual da Geórgia, nos EUA.
Esses corpos celestes são os mais comuns no Universo – representam cerca de 75% de todas as estrelas, embora nenhuma possa ser vista a olho nu. Até agora, cientistas identificaram planetas orbitando apenas 3% desse tipo de objeto. No entanto, para os pesquisadores da Geórgia, esse número não condiz com a realidade.
“Acho que quase todos os tipos de estrelas poderiam suportar vida”, disse Wei-Chun Jao, astrônomo da equipe e professor adjunto na universidade. “As anãs M oferecem aos astrônomos mais oportunidades de encontrá-la.”
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Vida alienígena pode orbitar as estrelas mais comuns do espaço
Ao lado do professor universitário Todd Henry, Jao descreveu detalhes das estrelas anãs M em um artigo publicado no Annual Review of Astronomy and Astrophysics. Os cientistas criaram uma lista das estrelas mais próximas com planetas em zonas de água líquida.
“Muitos planetas são encontrados orbitando anãs M, e a maioria deles é terrestre ou netuniana em tamanho, em vez de joviana. No geral, a vizinhança solar é dominada por anãs M que provavelmente são orbitadas por muitos planetas pequenos, ainda não vistos, alguns dos quais podem abrigar vida muito próxima daquela em nosso Sistema Solar”.
Para os pesquisadores, a peça-chave na busca por vida fora da Terra são as moléculas na atmosfera dos planetas que podem ser identificadas a partir dos telescópios espaciais James Webb e Nancy Roman. Segundo eles, água, metano, oxigênio e ozônio fornecem pistas essenciais nesse tipo de missão.
Além disso, os astrônomos ponderam que as anãs M aumentam as chances de encontrar outras formas de vida por causa da sua abundância no espaço.
“Embora relativamente baixas em massa e pequenas em tamanho, as anãs M fornecem mais massa para nossa galáxia do que qualquer outro tipo espectral único por causa de seus grandes números. Suas fotosferas têm aproximadamente apenas metade da temperatura do Sol e são de duas a quatro ordens de magnitude menos luminosas”, explicam os autores.
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Fonte: https://olhardigital.com.br/2024/11/05/ciencia-e-espaco/astronomos-criam-roteiro-para-facilitar-busca-por-vida-no-espaco/