18 de novembro de 2024
Mudanças climáticas: quase metade dos corais corre risco de extinção
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Representantes de diversos países do mundo estão reunidos no Azerbaijão para a realização da COP29. A cúpula climática tem como objetivo discutir ações para reverter os impactos das mudanças climáticas no nosso planeta.

Durante este encontro, a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) fez um alerta sobre a situação nos oceanos. Segundo a entidade, quase metade de todas as espécies de corais de águas quentes estão ameaçadas de extinção.

Número de espécies ameaçadas aumentou desde 2008

O relatório, que pode ser conferido na íntegra clicando aqui, aponta que os oceanos absorveram cerca de 90% do excesso de calor na atmosfera devido à liberação de dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa. Este cenário resultou em um grande aumento das temperaturas das águas, o que favorece um fenômeno chamado de branqueamento de corais.

Os cientistas concluíram que 892 espécies agora são consideradas ameaçadas de extinção. O número representa 44% do total dos corais do planeta. O último trabalho do tipo, realizado em 2008, apontava que cerca de um terço de todas as espécies sofriam algum tipo de risco.

Alerta foi feito durante a COP29, no Azerbaijão (Imagem: Zulfugar Graphics/Shutterstock)

Além de apresentar os números alarmantes, a União Internacional para a Conservação da Natureza fez um apelo para que os governantes ajam rapidamente para reduzir as emissões de combustíveis fósseis que aquecem o planeta.

Ecossistemas saudáveis, como os recifes de coral, são essenciais para a subsistência humana – fornecendo alimentos, estabilizando as costas e armazenando carbono. A mudança climática continua sendo a principal ameaça aos corais construtores de recifes e está devastando os sistemas naturais dos quais dependemos.

Grethel Aguilar, chefe da IUCN

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Branqueamento de corais pode causar danos irreversíveis à vida marinha (Imagem: OSJPHOTO/Shutterstock)

Branqueamento de corais: impacto para todo o ecossistema oceânico

  • De acordo com os cientistas, este fenômeno é causado pelo aquecimento excessivo do mar e pode resultar na morte de organismos espalhados por extensas áreas de recifes tropicais, incluindo partes da Grande Barreira de Corais da Austrália.
  • Desencadeado pelo estresse térmico, o branqueamento ocorre quando os corais expulsam as algas coloridas que vivem em seus tecidos.
  • Sem elas, os organismos ficam pálidos (sem as vislumbrantes cores) e vulneráveis a doenças e à fome, já que boa parte da sua energia vem da fotossíntese feita por essas algas.
  • Como corais são enormes refúgios de peixes e outras espécies, o fenômeno pode ser catastrófico para todo o ecossistema oceânico.
  • Além disso, deve impactar a pesca e turismo, que dependem de recifes saudáveis e coloridos para atrair mergulhadores.

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Fonte: https://olhardigital.com.br/2024/11/18/ciencia-e-espaco/mudancas-climaticas-quase-metade-dos-corais-corre-risco-de-extincao/