18 de novembro de 2024
Discussão nas redes sobre fim da Escala 6 x 1
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A pressão nas redes sociais pelo fim da escala 6×1 levou o parlamento a ceder, e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) alcançou 171 assinaturas necessárias para ser discutida no Congresso Nacional. A mobilização, que atingiu seu pico de engajamento na última segunda-feira passada, foi impulsionada por perfis de deputados, influenciadores e até contas dedicadas a fofocas, além da popularização da hashtag #fimdaescala6x1, conforme relatório do Instituto Democracia em Xeque.

O tema ganhou tanto destaque que superou, em número de menções, figuras como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Entre os perfis mais comentados estavam Alfinetei, Nikolas Ferreira (PL-MG), Mídia Ninja, Henrique Lopes (Gina Indelicada) e a deputada federal Erika Hilton (PSOL-RJ), autora do projeto.

As contas com maior interação nas redes sociais, considerando curtidas, comentários e compartilhamentos, eram predominantemente de deputados de esquerda. Além de Erika Hilton, outros membros do PSOL como Sâmia Bomfim, Guilherme Boulos e Glauber Braga figuraram entre os mais mencionados. A única exceção entre os mais destacados foi o deputado bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO), que se posicionou contra a proposta.

Segundo o Instituto, a narrativa também ganhou força contra os deputados contrários à PEC, com destaque para o meme “quem trabalha na escala 3×4 não pode votar contra o fim da escala 6×1”, que ironizava os opositores do projeto.

Entre as hashtags mais repercutidas, a maioria gira em torno do #fimdaescala6x1. No entanto, a discussão não se limitou ao Congresso e subiu a rampa do Planalto com os dizeres: “Lula investe no povo”.

No quesito “contas mais citadas por post”, Erika encabeça mais uma vez, seguida de perto pelo idealizador do projeto, o vereador Rick Azevedo (PSOL), recém-eleito pela capital Fluminense. Na sequência, figura o perfil do Movimento Vida Além do Trabalho (VAT) — que reúne os ideais da luta pela mudança na jornada de trabalho.

“Vários canais de ‘fofoca’ noticiaram o tema, expondo o posicionamento de influenciadores famosos sobre o tema”, diz um trecho do documento. Ainda de acordo com a análise sobre os usuários das plataformas, o assunto extrapolou para outras comunidades digitais, como a de Games e Saúde Mental.

Análise do Instituto Democracia em Xeque indica que tema atingiu páginas de “fofoca”, Games e Saúde Mental. — Foto: Reprodução

Os dados analisados pelo Democracia em Xeque foram obtidos nas redes sociais Facebook, Instagram, YouTube, X, Tiktok e Kwai, no período correspondente aos dias 14 de outubro e 12 de novembro.

Mais do que pôr fim à jornada de trabalho 6×1, com apenas uma folga na semana, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) quer emplacar no Congresso reduziria o limite de horas semanais trabalhadas no Brasil.

Até a semana passada, 194 parlamentares deram aval à tramitação da proposta de Érika. O marco representa que a proposta irá tramitar. Após o recolhimento das assinaturas, o texto precisa ser enviado para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, hoje presidido pela deputada bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC). A parlamentar é responsável por decidir os projetos que entram na pauta de cada sessão.

Na proposição protocolada no Congresso em 1º de maio, Dia do Trabalhador, a parlamentar defende que o país adote a jornada de trabalho de quatro dias, e prevê mudanças no número de horas trabalhadas.

Após a aprovação na CCJ, a responsabilidade passa para o presidente da Câmara, que determina a criação de uma comissão especial para analisar a pauta. São as lideranças partidárias que indicam os participantes do grupo, que analisa o conteúdo do texto e decide pela aprovação ou reprovação.

Com informações de O Globo.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/discussao-nas-redes-sobre-fim-da-escala-6-x-1-pressiona-congresso-e-traz-engajamentos-para-debatedores-do-tema/