A Polícia Federal (PF) descobriu um plano para criar um “Gabinete Institucional de Gestão da Crise” caso fossem concretizadas as mortes do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Documentos encontrados com o general da reserva Mário Fernandes, preso nesta terça-feira (19), detalhavam a estrutura de um golpe planejado para 15 de dezembro de 2022, conta Julia Dualibi, no g1.
O plano previa que os generais Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, liderassem o “gabinete de crise”. O documento, já em minuta, propunha a medida como forma de “restabelecer a legalidade e estabilidade institucional”, segundo trecho acessado pelo STF.
Além de Heleno e Braga Netto, a lista de integrantes do grupo incluía nomes de militares e assessores do governo Bolsonaro. Entre eles, o próprio Mário Fernandes, Filipe Martins, ex-assessor presidencial, e outros agentes, como André de Souza Costa, Hidenobu Yatabe, e Flávio Botelho Peregrino.
A PF prendeu outros quatro militares ligados às forças especiais: o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, os majores Rodrigo Bezerra Azevedo e Rafael Martins de Oliveira, e o policial federal Wladimir Matos Soares.
Envenenamento de Lula e Moraes
De acordo com a investigação, o plano envolvia o envenenamento de Lula e Moraes, seguido da ativação do gabinete. Entre os militares citados no documento, destacam-se Darlan Sena Messias Larsssen, assessor do GSI, e Nelson Lacava Filho, promotor de Justiça Militar. O coronel Jorge Luiz Kormann e o tenente-coronel Reginaldo Vieira também figuravam entre os indicados.
As prisões foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, que apontou evidências claras de articulação golpista. Até as primeiras horas da manhã, todas as ordens judiciais já haviam sido cumpridas.
Com informações do g1
Fonte: https://agendadopoder.com.br/golpistas-previam-instalar-gabinete-de-crise-com-generais-heleno-e-braga-netto-no-comando/