Em depoimento nesta terça-feira (19), na sede da Polícia Federal, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, afirmou não ter conhecimento do plano golpista que incluía o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Cid, que firmou um acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal em setembro do ano passado, foi interrogado por cerca de três horas. O acordo de colaboração foi homologado pelo ministro Alexandre de Moraes.
A operação realizada pela PF nesta manhã resultou na prisão de quatro militares e um policial federal, suspeitos de envolvimento em um plano para assassinar as autoridades mencionadas. As investigações revelaram trocas de mensagens entre os suspeitos e Mauro Cid sobre os preparativos da ação, incluindo o monitoramento da localização de Moraes.
Apesar das evidências, o tenente-coronel negou qualquer envolvimento ou conhecimento prévio do esquema durante seu depoimento, que integra as investigações de possíveis ações golpistas no período que antecedeu a posse de Lula.
A PF recuperou dados que haviam sido apagados de aparelhos eletrônicos de Cid, como mostrou o blog de Daniela Lima, do G1. A ideia é questioná-lo sobre eventuais omissões de sua colaboração premiada, que está sendo reanalisada pelos investigadores.
Em nota, a defesa do coronel disse que ele “sempre esteve à disposição da Justiça, respondendo a tudo que lhe perguntado”. “Se ainda há algo a ser esclarecido, ele o fará, com toda presteza”, acrescenta o texto.
Um acordo de colaboração prevê o compromisso do delator em falar tudo o que sabe sobre o caso sob apuração. Caso não cumpra esse pacto, ele corre o risco de ter os benefícios da delação anulados.
Com informações de O Globo.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/mauro-cid-nega-na-pf-ter-conhecimento-de-plano-golpista-que-previa-assassinato-de-lula-alckmin-e-moraes/