20 de novembro de 2024
PT divulga nota indicando que plano do golpe queria instaurar
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Em nota divulgada nesta terça-feira (19), a Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro era o principal interessado no plano golpista revelado pela Polícia Federal, que, segundo as investigações, envolvia militares e tinha como objetivo assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

O partido declarou que o suposto plano fazia parte de uma conspiração para evitar a posse de Lula e instaurar uma ditadura comandada por Bolsonaro.

“As estarrecedoras conclusões do inquérito da Polícia Federal sobre os planos de militares para assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes apontam diretamente para o Palácio do Planalto comandado por Jair Bolsonaro, o maior interessado na conspiração golpista para impedir a posse do eleito e instaurar sua ditadura”, diz o texto publicado pelo PT.

A nota destaca a gravidade dos fatos apurados, vinculando as ações planejadas ao ambiente político que marcou o fim do governo Bolsonaro. O partido reforça a necessidade de aprofundar as investigações e responsabilizar os envolvidos no caso, que ameaça os pilares democráticos do país.

O PT ainda cita que “os terroristas fardados discutiram seus planos na residência do general Braga Netto, ex-ministro da Defesa e vice na chapa que perdeu as eleições”. “O chefe da operação de assassinato era o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria Geral da Presidência. E o ex-chefe do GSI, general Augusto Heleno, seria o coordenador de uma junta militar para impor a repressão e garantir a ditadura de Bolsonaro”, diz o texto.

O partido também cita que as prisões “são um passo importantíssimo para a responsabilização dos arquitetos do 8 de janeiro” e afirma que a contenção do golpismo e do terrorismo da extrema direita, no entanto, exige que todos os envolvidos sejam processados e punidos pedagogicamente, a começar pelo chefe e seus cúmplices mais poderosos, civis e militares”.

O PT também classifica o projeto de anistia dos envolvidos no 8 de janeiro de “imoral”. “Enquanto tentarem falsear a realidade e fugir à Justiça, com a cumplicidade ativa de parlamentares e até governadores de seu espectro ideológico extremista, articulando um projeto imoral de anistia no Congresso, o país estará sujeito a atos terroristas como o que aconteceu há menos de uma semana em Brasília.”

O partido afirma que “não existe, por definição, bolsonarista moderado nem democrata de extrema direita”. “As novas conclusões do inquérito expõem cruamente seu modo de agir, que despreza a vida humana, as instituições e o Estado de Direito, em nome de um projeto autoritário de poder. Esta é a verdadeira e única face de Jair Bolsonaro e seus cúmplices, não a que ele tenta impingir com seus apelos hipócritas à pacificação, porque são eles os comandantes da guerra, do ódio e da violência política.”

Para o PT, “a democracia precisa contê-los para não sucumbir, o que requer, para além da ação da Justiça, uma vigilância efetiva e legalmente constituída sobre as ações da extrema direita golpista nas redes sociais e em grupos organizados de orientação fascista e antidemocrática”. Por fim, o partido pede punição para todos os envolvidos.

Com informações de O Globo.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/pt-divulga-nota-indicando-que-plano-do-golpe-queria-instaurar-no-pais-uma-ditadura-comandada-por-jair-bolsonaro/