23 de novembro de 2024
Cientistas criaram o espaguete mais fino do mundo
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Uma equipe de pesquisa liderada pela University College London (UCL) criou o espaguete mais fino do mundo, com fios 200 vezes mais finos que um cabelo humano. Mas atenção: nós não podemos comê-lo!

O espaguete não é destinado à alimentação, mas sim como uma forma de desenvolver nanofibras de amido, um material promissor para diversas aplicações médicas e industriais, como curativos e regeneração óssea.

Tradicionalmente, as nanofibras de amido são extraídas de plantas, o que envolve um processo que consome muita energia e água. A nova abordagem, desenvolvida pelos pesquisadores, utiliza farinha como fonte de amido, o que oferece uma alternativa mais ecológica.

A pesquisa, publicada na revista Nanoscale Advances, descreve como a equipe criou fios de apenas 372 nanômetros de diâmetro usando uma técnica chamada eletrofiação, que puxa uma mistura de farinha e água por uma carga elétrica para formar fibras extremamente finas.

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A nanopasta no microscópio eletrônico de varredura – cada fio individual é muito estreito para ser capturado claramente por qualquer tipo de câmera de luz visível – Imagem: Beatrice Britton e Adam Clancy/UCL

Dr. Adam Clancy, coautor do estudo, disse: “Para fazer espaguete, você empurra uma mistura de água e farinha por meio de buracos de metal. Em nosso estudo, fizemos o mesmo, exceto que puxamos nossa mistura de farinha com uma carga elétrica. É literalmente espaguete, mas muito menor.”

Espaguete é tão fino que seu fio isolado não é visível

  • Esse espaguete é mais fino que a pasta tradicional conhecida como su filindeu, que tem cerca de 400 micrômetros de largura, sendo mais de 1.000 vezes mais espesso que o espaguete criado com eletrofiação.
  • O material gerado, embora visível em forma de um tapete de nanofibras de cerca de 2 cm, é tão fino que seus fios individuais não podem ser capturados por microscópios de luz visível.
  • Essas nanofibras são altamente porosas, o que as torna ideais para aplicações médicas, como curativos que permitem a entrada de umidade, mas protegem contra bactérias.
  • Além disso, elas podem ser usadas para regeneração de tecidos, imitando a matriz extracelular das células.

O uso de farinha, em vez de amido purificado, facilita o processo de produção e torna a criação de nanofibras mais acessível. O próximo passo dos pesquisadores é explorar as propriedades dessas nanofibras e investigar sua interação com células e o potencial de produção em larga escala.

O tapete de nanofibra segurado pelos pesquisadores – Imagem: Beatrice Britton e Adam Clancy/UCL

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Fonte: https://olhardigital.com.br/2024/11/23/ciencia-e-espaco/cientistas-criaram-o-espaguete-mais-fino-do-mundo/