O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), destacou nesta segunda-feira que a discussão sobre o corte de gastos públicos é uma prioridade e deve ser abordada logo após a aprovação da regulamentação da Reforma Tributária no Congresso Nacional. Segundo ele, a modernização das despesas públicas deve envolver todos os poderes, inclusive o Legislativo, dentro de um “programa nacional”.
Pacheco afirmou que não há objeções em incluir o Senado e a Câmara nos cortes, desde que isso faça parte de uma estratégia abrangente. Ele também reforçou que é essencial atacar desperdícios em todas as esferas. “Finalizada a Reforma Tributária, a identificação de que os desperdícios existem deve atacar todos os poderes”, disse.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve se reunir com os presidentes das Casas Legislativas nesta terça ou quarta-feira para apresentar o pacote de corte de gastos elaborado pelo Executivo. A expectativa é que a regulamentação da reforma tributária seja votada no Senado no início de dezembro.
— Se identificarmos que um corte linear de gastos nas atividades meio precisa ser feito, eu não tenho problema nenhum em aderir a um programa nacional de corte de gastos, desde que se mantenha o bom funcionamento do Congresso de demais instituições, desde que isso seja um compromisso nacional — afirmou Pacheco em entrevista ao podcast dos senadores Jorge Kajuru (PSB-SP) e Leila Barros (PDT-DF).
O governo Lula finaliza o pacote de corte de gastos. Haddad afirmou que haverá uma proposta de Emenda à Constituição e um projeto de lei complementar. Esse projeto deve tratar de formas para combater supersalários do Executivo. O ministro disse que a apresentação do pacote depende do Congresso Nacional, mas ainda não marcou reunião com os representantes das Casas.
— Vamos fazer um plano nacional, com o mesmo engajamento que estamos tendo na Reforma Tributária, juntar todas as instituições, para revisar os gastos públicos — disse Pacheco.
Com informações de O Globo.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/pacheco-afirma-que-discussao-sobre-corte-de-gastos-publicos-e-prioridade-e-deve-ser-tratada-logo-apos-reforma-tributaria/