O exame toxicológico admissional é uma etapa que se tornou comum em muitos processos seletivos no Brasil, especialmente em setores que exigem alta responsabilidade, como o de transporte e segurança. A análise identifica a presença de substâncias psicoativas no organismo, ajudando empresas a garantir que seus colaboradores estejam aptos para exercer suas funções com segurança e responsabilidade.
A análise, geralmente, é feita com amostras de cabelo ou pelos, que são coletadas em laboratório. A escolha dessas amostras, ao invés de urina ou sangue, se deve à capacidade de detectar o uso de substâncias por um período mais longo, geralmente entre 90 a 180 dias. Isso permite verificar o histórico de consumo do candidato e não apenas o uso recente.
Quem deve realizar o exame toxicológico?
A obrigatoriedade do exame toxicológico varia de acordo com o cargo e o setor de atuação. No Brasil, a legislação exige o teste, por exemplo, para motoristas profissionais que possuem carteira de habilitação nas categorias C, D e E. Isso inclui motoristas de caminhões, ônibus e veículos de transporte coletivo. Além disso, algumas empresas optam por exigir o exame para outros cargos, visando garantir um ambiente de trabalho seguro.
No caso dos motoristas, o exame toxicológico é parte da legislação trabalhista e da regulamentação do trânsito. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece que motoristas profissionais devem realizar o teste tanto para a admissão quanto para a renovação da carteira de habilitação.
Como é feita a coleta e a análise?
O procedimento para o exame toxicológico é simples e rápido, geralmente levando apenas alguns minutos. O valor do exame toxicológico é custeado pela empresa empregadora. O candidato se dirige ao laboratório onde é feita a coleta de uma pequena amostra de cabelo ou pelos.
No caso do cabelo, são necessários cerca de 3 a 4 centímetros de comprimento, o que representa aproximadamente 90 dias de histórico de consumo de substâncias. Caso o candidato não tenha cabelo suficiente, a coleta pode ser feita com pelos corporais.
Após a coleta, a amostra é enviada para análise em um laboratório especializado. O material é submetido a testes que detectam a presença de substâncias psicoativas, como cocaína, maconha, anfetaminas, opioides e drogas sintéticas. O resultado geralmente fica pronto em até 10 dias.
Resultados
O resultado do exame toxicológico pode ser positivo, negativo ou inconclusivo. Um resultado negativo significa que não foram encontradas substâncias ilícitas na amostra, o que libera o candidato para prosseguir com o processo de contratação.
Um resultado positivo indica que o candidato fez uso de alguma substância proibida nos últimos meses, o que pode levar à reprovação no exame admissional, dependendo da política da empresa. Contudo, a decisão de seguir a contratação é da empresa. Em caso de resultado positivo, o candidato tem o direito de contestar e solicitar a contraprova, onde uma nova amostra é analisada para confirmar o resultado.
Por que fazer o exame toxicológico?
Para as empresas, o exame toxicológico é uma ferramenta importante para reduzir riscos e garantir um ambiente de trabalho mais seguro. Funcionários sob o efeito de substâncias psicoativas podem colocar em risco não apenas a própria vida, mas também a de colegas e terceiros, especialmente em cargos que envolvem a operação de máquinas pesadas ou a condução de veículos.
Do ponto de vista do colaborador, o exame toxicológico pode ser visto como uma medida preventiva que reforça a importância de manter hábitos saudáveis e responsáveis. Embora alguns candidatos possam sentir desconforto em realizar o exame, ele é uma medida necessária para proteger a segurança no trabalho e assegurar que todos estejam aptos para desempenhar suas funções de forma adequada. Embora o processo possa parecer invasivo para alguns, ele é uma parte importante da saúde e segurança no trabalho, promovendo um ambiente mais seguro e produtivo para todos.
Fonte: https://oimparcial.com.br/checamos/2024/11/como-funciona-o-exame-toxicologico-admissional/