Após proibir o uso de redes sociais por crianças, o governo da Austrália volta a mirar nas grandes empresas de tecnologia. O país agora quer obrigar que companhias como a Meta, dona do Instagram e do Facebook, e o Google, por exemplo, paguem pelas notícias de jornais compartilhadas em suas plataformas.
O plano foi apresentado nesta quinta-feira (12). Segundo as autoridades australianas, a ideia é criar novos impostos caso não haja um acordo entre as empresas e os veículos de imprensa.
Redes sociais criticaram a proposta
O objetivo do governo da Austrália é que as empresas de tecnologia compensem os jornais locais pelo compartilhamento de links de notícias que direcionam o tráfego para suas plataformas.
Segundo a ministra das Comunicações australiana, Michelle Rowland, é importante que as plataformas digitais cumpram a sua parte e apoiem o jornalismo de qualidade que informa e fortalece a democracia.
O plano prevê a criação de um imposto que será cobrado das companhias que faturam anualmente mais de US$ 160 milhões na Austrália e que não estabelecerem acordos com os grupos de imprensa locais.
Um porta-voz do Google disse que a decisão “arrisca a viabilidade contínua dos acordos comerciais com as editoras de notícias na Austrália”. Já a Meta afirmou que a “proposta não leva em conta a realidade de como nossas plataformas funcionam”.
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Discussão não é uma novidade no país
- Em 2021, a Austrália havia aprovado leis para fazer com que as big techs compensassem as empresas de mídia australianas pelos links que atraem leitores e receita de publicidade em suas plataformas.
- Após a mudança, a Meta bloqueou os usuários de republicarem artigos de notícias, mas depois fechou acordos com várias empresas de mídia australianas, como a News Corp e a emissora nacional Australian Broadcasting Corp.
- Desde então, a empresa afirmou que não renovará esses acordos para além de 2024.
- O Google, por sua vez, ameaçou bloquear o buscador no país, mas voltou atrás, também anunciando acordos com a mídia australiana.
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