22 de setembro de 2024
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Mais nove universidades federais planejam aderir à paralisação de professores e servidores técnico-administrativos na próxima semana. Entre as instituições que confirmaram participação estão a Unifesp, em São Paulo, a Ufal, em Alagoas, e a UFBA, na Bahia.

O número de campi dos institutos federais em greve chegou a 550 no início da tarde desta sexta-feira (26), conforme informou David Lobão, coordenador nacional do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica. Ele ressaltou que o total de campi no país é de 687.

O aumento no número de instituições paralisadas ocorre após o movimento grevista rejeitar a proposta apresentada pelo governo federal. Na semana anterior, representantes do Ministério da Educação e do Ministério da Gestão e Inovação propuseram um reajuste de 9% para os professores e 9,5% para os servidores em 2025, mantendo a proposta de não conceder aumento este ano. Para 2026, a proposta seria de 3,5% para ambas as categorias.

As categorias consideraram a reunião com o governo “decepcionante”. Segundo Lobão, a proposta foi tão desfavorável que houve um aumento na adesão à greve, com vários campi que ainda não haviam aderido agora participando do movimento”.

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior informou que 22 instituições estão atualmente em greve. Outras 12 têm indicativo de paralisação aprovado, enquanto 16 decidiram não aderir. Em 17 universidades ainda haverá assembleias para deliberar sobre o movimento.

Os professores reivindicam reajuste salarial de 22% dividido pelos próximos três anos, com 7,06% em cada ano, a partir de 2024. Os servidores técnico-administrativos também pedem um aumento de 34%, dividido no mesmo período.

Além disso, as categorias demandam a reestruturação da carreira e a revogação de leis dos últimos governos. Segundo o presidente do Andes, o governo não deu atenção à reorganização da carreira e negligenciou os aposentados, que não receberão nenhum aumento na renda este ano.

Os servidores também pleiteiam a recomposição do orçamento de investimento na rede federal de ensino. Embora as instituições tenham recebido um aumento no orçamento no primeiro ano do governo Lula, este ano os recursos diminuíram, e as instituições afirmam que precisam de um acréscimo de R$ 2,5 bilhões para fechar o ano.

Com informações do UOL.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/apos-rejeitar-proposta-do-governo-mais-nove-universidades-federais-planejam-aderir-a-greve-dos-professores-e-servidores-por-reajuste-salarial/