A internet e os smartphones revolucionaram a forma como vivemos. Podemos conversar com pessoas a quilômetros de distância em tempo real e a um baixo custo. Podemos trabalhar em praticamente qualquer lugar… Assistir TV pela telinha – ou filmes e séries. Jogar videogame ou ainda usar o celular como mapa.
São inúmeras vantagens e é inegável que o impacto dessa tecnologia foi positivo. Agora, assim como quase tudo na vida, o excesso faz mal. Sabia que até mesmo água em excesso faz mal pra saúde? Imagina, então, a internet e as redes sociais.
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Eu admito que uso o smartphone além da conta e, por vezes, fico mais no celular do que na vida real. É um comportamento cada vez mais comum. A situação é ainda mais grave entre os jovens. E uma pesquisa realizada nos Estados Unidos comprova isso.
Um relatório publicado pelo Pew Research Center revela que quase metade dos adolescentes americanos dizem que estão online “constantemente”. Isso significa que eles vivem mais tempo no mundo virtual do que no real.
O instituto entrevistou 1.391 pessoas entre 13 e 17 anos do dia 18 de setembro a 10 de outubro de 2024. E o resultado mostra que parte desse vício se deve, principalmente, às redes sociais.
Os sites e plataformas mais acessados
- O YouTube segue sendo a plataforma favorita dos jovens americanos.
- 90% dos entrevistados disseram que usam o site de vídeos, uma ligeira queda em relação aos 95% em 2022.
- O segundo aplicativo mais popular é o TikTok: 63% dos adolescentes afirmaram utilizar a ferramenta chinesa.
- O terceiro da lista é o Instagram, com 61%, seguido de perto pelo Snapchat, com 55%.
- A pesquisa também trouxe alguns recortes interessantes relacionados a algumas redes específicas.
- O Facebook, por exemplo, que tinha 71% da preferência dos jovens americanos em 2014, aparece agora com 32%.
- E esse número deve ser ainda menor no Brasil, onde a rede social de Mark Zuckerberg perdeu ainda mais popularidade.
- Zuckerberg e a Meta também não tiveram muito sucesso com o seu Threads: apenas 6% dos adolescentes americanos disseram usar a plataforma.
- Os jovens, aliás, parecem preferir redes sociais de vídeos e imagens àquelas focadas em texto.
- O X (antigo Twitter) e o Reddit também são pouco populares nessa faixa etária, com 17% e 14%, respectivamente.
‘Epidemia’ de internet?
A pesquisa também apresenta outros destaques importantes. Um deles é que 73% dos jovens disseram acessar o YouTube todos os dias da sua vida.
O número cai para 50% em relação ao Instagram, mas, mesmo assim, continua sendo muito alto.
Os resultados são muito parecidos aos de 2022 e 2023, e alertam para uma cultura de conectividade permanente. Algo como uma doença crônica.
São pessoas que muitas vezes deixam de fazer atividades fora de suas casas para ficarem o dia todo no computador ou no celular. Isso faz que eles não desenvolvam habilidades sociais.
Muitos especialistas apontam que esse tipo de comportamento afeta a saúde mental desses jovens, que chegarão à fase adulta com os mesmos transtornos psicológicos. É o que aponta um estudo recente feito pela University College of London.
Esse cenário levou o governo da Austrália a adotar uma medida extrema e inédita: proibiu menores de 16 anos de usarem as redes sociais. As plataformas até reclamaram, mas o país não cedeu. As empresas têm um ano para se adequarem às novas regras.
Se der certo, não duvido que essa experiência seja replicada em outros lugares.
Você pode ler o levantamento do Pew Reserach na íntegra neste link aqui.
As informações são do The Verge.
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