14 de dezembro de 2024
TikTok: tribunal dos EUA rejeita pedido para impedir banimento de
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Na noite desta sexta-feira (13), o Tribunal de Apelações do Circuito de DC dos EUA se recusou a impedir, temporariamente, a proibição ao TikTok no país, segundo a CNN.

Dessa forma, deveremos ver um confronto na Suprema Corte sobre se a lei, que impedirá que a rede social opere por lá, entre em vigor, enquanto a contestação da ByteDance, dona da plataforma, se desenrola.

Ainda nesta sexta-feira (13), Apple e Google foram intimadas a tirar o TikTok de suas respectivas lojas de aplicativos em janeiro (saiba mais aqui).

TikTok já tinha apelado

  • Na semana passada, o tribunal confirmou a promulgação da lei, que entra em vigor em 19 de janeiro;
  • Dias depois, o TikTok pediu ao mesmo tribunal uma pausa temporária na insaturação da lei, enquanto a plataforma pede à Suprema Corte a revisão de sua contestação da lei;
  • Na decisão desta sexta-feira (13), o tribunal de apelações rejeitou a apelação da rede social por unanimidade, afirmando que o pedido é “injustificado”;
  • Em autos judiciais, a ByteDance indicou que a recusa do tribunal de apelações em conceder a medida provisória fará com que a empresa peça intervenção, em caráter emergencial, para impedir a sanção da lei por tempo indeterminado;
  • Ao tribunal, os advogados da companhia alegaram que a recusa faria a Suprema Corte rever o assunto em seu chamado processo paralelo “em poucas semanas (e durante os feriados, nada menos)”.
Rede social tentou apelar duas vezes (Imagem: LanKS/Shutterstock)

“Por respeito ao papel vital da Suprema Corte, esta Corte deve conceder uma liminar que permita um processo mais deliberado e ordenado”, escreveram, nos documentos do tribunal.

Do outro lado, o governo de Joe Biden pediu ao mesmo tribunal que não impedisse o lançamento da lei, afirmando que isso poderia permitir à ByteDance esperar por meses para apresentar sua apelação à Suprema Corte, fazendo com que a lei, fosse, indefinidamente, suspensa.

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Apelação de semana passada

O Circuito de DC disse, na decisão da semana passada, que a lei sancionada por Biden não infringe a Constituição estadunidense, e afirmou que ela satisfaz padrão legal chamado de escrutínio rigoroso, devendo este ser cumprido para que as restrições governamentais à liberdade de expressão sejam mantidas.

O Ato foi o ápice de ação bipartidária extensiva do Congresso e de presidentes sucessivos. Ele foi cuidadosamente elaborado para lidar apenas com o controle de um adversário estrangeiro e foi parte de esforço mais amplo para combater ameaça bem fundamentada à segurança nacional representada pela [República Popular da China]. Nessas circunstâncias, as disposições do Ato que estão diante de nós resistem à revisão mais minuciosa.

Tribunal de Apelações do Circuito de DC, na decisão da semana passada

Bandeira dos EUA, com o logo do TikTok à frente e um ícone de bloqueio à sua frente
Próxima parada da rede social é na Suprema Corte (Imagem: salarko/Shutterstock)

Os advogados do TikTok reagiram, alegando que a Suprema Corte é quem deve ter a palavra final por conta da sensibilidade das questões legais no centro do caso.

“A decisão deste Tribunal de que o Ato satisfaz o escrutínio rigoroso atrairá, certamente, a atenção da Suprema Corte. É, no mínimo, uma questão próxima se o Ato é a lei rara que sobreviveria ao escrutínio rigoroso”, argumentaram eles nos autos do tribunal.

O post TikTok: tribunal dos EUA rejeita pedido para impedir banimento de plataforma no país apareceu primeiro em Olhar Digital.

Fonte: https://olhardigital.com.br/2024/12/13/pro/tiktok-tribunal-dos-eua-rejeita-pedido-para-impedir-banimento-de-plataforma-no-pais/