O presidente da Rússia, Vladimir Putin, sugeriu, nesta quinta-feira (19), um “duelo” de mísseis com os Estados Unidos para demonstrar o poderio do Oreshnik, novo míssil balístico hipersônico russo. Durante sua tradicional conferência de imprensa anual, Putin afirmou que a Rússia está preparada para provar sua superioridade bélica.
“Estamos prontos para tal experimento”, declarou o líder russo, sugerindo que ambas as nações escolham alvos específicos para testar a eficácia de seus sistemas antimísseis.
Segundo Putin, o Ocidente tem subestimado a capacidade do Oreshnik, que foi utilizado pela primeira vez em novembro contra a cidade ucraniana de Dnipro, como resposta ao uso de mísseis balísticos ATACM e Storm Shadow fornecidos pelos EUA e Reino Unido à Ucrânia.
Relação com Trump e conflitos no Oriente Médio
Questionado sobre o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, Putin revelou que não mantém contato com ele há mais de quatro anos, mas afirmou estar disposto ao diálogo.
Em relação à Síria, o presidente russo negou que Moscou tenha sido derrotado no país e disse ter apresentado propostas aos novos governantes de Damasco para manter bases militares russas na região. Putin também mencionou planos de se reunir com Bashar al-Assad, ex-presidente sírio atualmente asilado na Rússia, e se comprometeu a abordar o desaparecimento do jornalista estadunidense Austin Tice.
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Exibições militares e de poderio bélico, mísseis e críticas ao Ocidente
- Na véspera, a Rússia realizou exercícios militares próximos à costa do Alasca (EUA), exibindo imagens de bombardeiros estratégicos Tu-95MS em operação no Ártico;
- O Ministério da Defesa afirmou que todas as manobras respeitaram as normas internacionais de uso do espaço aéreo;
- Ao mesmo tempo, o chefe do Estado-Maior russo, general Valery Gerasimov, acusou os EUA de fomentar conflitos globais e minar tratados de controle de armas;
- Segundo ele, a crescente militarização estadunidense, especialmente na Europa e na Ásia, está agravando nova corrida armamentista.
“A falta de confiança torna impossível criar mecanismos efetivos de controle mútuo”, afirmou Gerasimov, destacando que os Estados Unidos se tornaram participante direto no conflito ucraniano ao fornecer mísseis de longo alcance àquele país.
Nas últimas semanas, Moscou intensificou a exibição de suas capacidades militares nas redes sociais. Além dos exercícios no Ártico, o Ministério da Defesa divulgou vídeos de treinamentos com mísseis portáteis na região de Sacalina (Rússia) e testes de mísseis hipersônicos no Mediterrâneo oriental.
As ações reforçam o esforço russo em destacar seu poderio militar em momento de crescente tensão com o Ocidente.
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