Felipe Amorim ( da equipe da Agenda do Poder em Brasília)
O pedido da defesa do deputado Chiquinho Brazão ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que a prisão preventiva do parlamentar seja substituída por domiciliar devido a problemas de saúde acendeu o alerta de autoridades em relação às condições do cárcere dos envolvidos na execução da vereadora Marielle Franco. Chiquinho pede para fazer uma cirurgia no coração com médicos que já o atendiam. Chiquinho e o irmão Domingos Brazão estão presos como mandantes do assassinato de Marielle, em 2018. O delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa também segue preso por ter obstruído as investigações, de acordo com a Polícia Federal (PF).
Durante oitiva ao Conselho de Ética da Câmara, que julgava a possível cassação de Brazão, Rivaldo negou qualquer relação com o crime e afirmou que perdeu 15 quilos na prisão. Ele disse que aceitou participar do depoimento para se defender das acusações.
“Essa é a possibilidade que tenho de falar, da minha família me ver. Quero deixar claro, desde 31 de maio de 1969, o dia que eu nasci, eu nunca falei com nenhum irmão Brazão, nem falei algo pessoal, profissional, político, na minha vida, nunca falei com eles. Já perdi 15 quilos desde que fui preso e enfrento crises de choro e ansiedade”, disse o policial.
Já Domingos Brazão chorou, durante interrogatório do STF e alegou inocência:
“Eu preferia ter morrido no lugar da Marielle. Ele tá destruindo a minha família. Que tipo de gente faz isso? O senhor acha que ia ter coragem de levar e envolver meu irmão nisso? É claro que a família da Marielle sofre, mas ele poderia ter me matado. Eu não sei como ele (Ronnie Lessa) dorme”, disse.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/de-brazao-a-rivaldo-barbosa-presos-por-caso-marielle-alegam-questoes-humanitarias-na-cadeia/
