Na segunda-feira (30), o Olhar Digital relembrou os principais lançamentos espaciais de 2024. Desta vez, você confere a lista das missões mais aguardadas para 2025, ano que promete marcos significativos, com espaçonaves que vão da Lua aos confins do Sistema Solar.
NASA pretende explorar a superfície lunar em parceria com empresas privadas
A iniciativa CLPS (sigla em inglês para “Serviços Comerciais de Carga Útil Lunar”), da NASA, tem como objetivo levar cargas de ciência e tecnologia à Lua por meio de módulos de pouso comerciais. Em fevereiro de 2024, o CLPS possibilitou o pouso do módulo Odysseus, da Intuitive Machines, marcando o retorno dos EUA à superfície lunar desde o programa Apollo.
Para 2025, a NASA planeja várias missões CLPS com as empresas Astrobotic, Intuitive Machines e Firefly Aerospace. Segundo Zhenbo Wang, professor associado de Engenharia Mecânica, Aeroespacial e Biomédica na Universidade do Tennessee, EUA, em um artigo publicado no site The Conversation, essas missões levarão instrumentos científicos e demonstrações tecnológicas para diferentes regiões da Lua.
As cargas incluirão experimentos para estudar a geologia lunar, testar tecnologias para missões humanas futuras e coletar dados ambientais. O objetivo é preparar o terreno para uma exploração sustentável da Lua e além.
Mapeamento do Universo em infravermelho pode detectar objetos distantes
Em fevereiro, a NASA pretende lançar o SPHEREx (sigla em inglês para algo como “Espectrofotômetro para a História do Universo, Época da Reionização e Explorador de Gelo”), um observatório espacial que mapeará o Universo em luz infravermelha próxima, invisível ao olho humano, mas ideal para detectar objetos frios ou distantes.
Segundo a agência, o SPHEREx criará um catálogo detalhado de mais de 450 milhões de galáxias e 100 milhões de estrelas na Via Láctea. Esses dados ajudarão astrônomos a investigar a origem das galáxias e a distribuição de água e moléculas orgânicas em regiões onde nascem estrelas. Essa missão representa um avanço na compreensão das condições iniciais do Universo.
Europa planeja avião espacial para experimentos na órbita baixa da Terra
Para o terceiro trimestre de 2025, a Agência Espacial Europeia (ESA) programou um voo de teste do Space Rider, um avião espacial reutilizável destinado a experimentos em órbita baixa da Terra. O veículo permitirá pesquisas em microgravidade, como o crescimento de plantas, a interação de materiais e processos biológicos em ambiente quase sem peso.
Além de experimentos científicos, o Space Rider testará tecnologias essenciais para futuras missões, como sistemas avançados de telecomunicações e ferramentas de exploração robótica. Esses testes visam preparar a próxima geração de missões espaciais, incluindo explorações da Lua e de Marte.
Explorando a Lua com M2/Resiliência
Programada para janeiro, a missão japonesa M2/Resiliência enviará um módulo de pouso e um microrrover à superfície lunar. Um dos principais objetivos é estudar o solo lunar para entender sua composição e realizar experimentos de extração de água. A água obtida será dividida em oxigênio e hidrogênio, recursos essenciais para exploração de longo prazo.
A missão também testará tecnologias inovadoras, como sistemas de navegação para pousos precisos e controle autônomo de rovers. Essas inovações podem ser aplicadas em missões futuras a Marte. Conduzida pela empresa ispace, a M2/Resiliência reforça o papel do Japão na exploração lunar internacional, com base no sucesso da missão SLIM, que realizou um pouso preciso em 2024.
China lança missão Tianwen-2 para investigar asteroide
A China planeja lançar a Tianwen-2 em maio de 2025, uma missão ambiciosa para coletar amostras do asteroide Kamoʻoalewa e explorar o cometa 311P/PANSTARRS. Kamoʻoalewa, um quasi-satélite da Terra, pode ser um fragmento lunar resultante de um impacto. Ao estudar o asteroide, cientistas esperam entender melhor os primeiros estágios do Sistema Solar.
Após coletar amostras e trazê-las à Terra, a nave Tianwen-2 seguirá para o cometa 311P, localizado no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter. O estudo da composição do objeto pode revelar pistas sobre as condições iniciais do Sistema Solar e a origem de moléculas orgânicas essenciais à vida.
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2025 traz missões de sobrevoos no Sistema Solar
Missões de sobrevoo, que utilizam a gravidade de planetas para economizar combustível e ajustar trajetórias, serão destaque em 2025. A BepiColombo, colaboração entre ESA e JAXA, a agência espacial do Japão, realizará seu sexto sobrevoo de Mercúrio em janeiro, avançando para entrar em órbita em 2026. A missão busca desvendar a composição e geologia de Mercúrio.
Lançada em outubro de 2024, a sonda Europa Clipper, da NASA, fará um sobrevoo em Marte em março, utilizando a gravidade do Planeta Vermelho para ganhar impulso em direção à lua Europa, de Júpiter, onde chegará em 2030.
A ESA também planeja um sobrevoo em Marte com a missão Hera no mesmo mês, como parte de seu estudo sobre a deflexão de asteroides no sistema Didymos feita pela missão DART, da NASA.
Ainda em 2025, a missão Lucy, também dos EUA, passará pelo asteroide Donaldjohanson, no cinturão principal. Previsto para abril, esse evento fornecerá dados sobre a composição e história do objeto, que homenageia o paleontólogo descobridor do fóssil Lucy.
Por fim, a missão JUICE (sigla em inglês para algo como “Explorador das Luas Frias de Júpiter”), da ESA, realizará um sobrevoo em Vênus em agosto, ganhando velocidade para sua viagem rumo a Júpiter e suas luas geladas, que podem abrigar condições favoráveis à vida.
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