10 de janeiro de 2025
dinair01
Compartilhe:

Foto: Reprodução –

Depois da posse, Rafael Brito (PSB) reclamou de dificudades de transição e diz que conta de rede social foi excluída pela antiga chefe do executivo, Dinair Veloso

O prefeito recém-empossado de Timon (MA), Rafael Brito (PSB), expressou indignação com o que chamou de “herança maldita” deixada por sua antecessora, Dinair Veloso (PDT). Derrotada na tentativa de reeleição em outubro, Dinair teria encerrado o mandato sem fornecer informações oficiais sobre a prefeitura e deixando dívidas de pelo menos R$ 8 milhões, sem recursos em caixa para quitá-las.

Entre as irregularidades apontadas, Rafael destacou que nem mesmo o perfil oficial do Instagram da prefeitura foi deixado disponível. “Ela não deixou nem o Instagram da Prefeitura; tivemos que criar um novo”, afirmou em entrevista logo após sua posse, no dia 1º de janeiro. O desabafo viralizou nas redes sociais, atraindo ampla atenção para o caso.

A conta oficial do Instagram da Prefeitura de Timon, que acumulava mais de 77 mil seguidores, desapareceu pouco antes da transição de governo, transformando-se em um escândalo nacional. O caso repercutiu em páginas de grande alcance, como Tricotei e Memes Brasil, além de ser destaque em emissoras de TV.

Dinair Veloso, pertencente ao grupo político dos Leitoas, que controla Timon há mais de duas décadas, foi alvo de críticas e chacotas nas redes sociais pelo desaparecimento da página. A exclusão foi considerada um ato infantil e desrespeitoso, já que o perfil era o principal canal de comunicação entre a população e a administração pública.

Durante uma participação no programa Agora, da TV Meio Norte, na sexta-feira (3), Dinair tentou se eximir de responsabilidade, atribuindo o ocorrido à ex-secretária de Comunicação, a jornalista Suzy Sousa. No entanto, Suzy não se manifestou até o momento, o que gerou ainda mais especulações e críticas.

O caso abriu debates sobre a falta de profissionalismo nas transições de governo e sobre o uso inadequado de redes sociais institucionais como ferramentas políticas. Algumas páginas ironizaram a situação, sugerindo que, “em vez de apagar as contas, talvez fosse mais útil apagar os erros da gestão”.

Este episódio, já tratado como um vexame histórico, reforça a necessidade de regulamentações claras sobre o uso e a preservação de contas públicas em redes sociais. Afinal, esses perfis pertencem ao povo, e não a uma gestão específica, sendo instrumentos essenciais para comunicação e interação com a administração pública.

Além do desaparecimento da página, um novo escândalo veio à tona nesta semana: um vídeo viral mostrou a prefeitura saqueada, com o desaparecimento de todos os computadores da sala de licitações. O ocorrido expôs ainda mais a fragilidade na transição e gerou indignação na população.

VEJA NO LINK DO VÍDEO COMO FICOU A SALA DE LICITAÇÕES

https://www.instagram.com/reel/DEUnCV_RA2g/?igsh=MWhvMmF0OHFkc3EwNw==