A primeira-dama, Janja da Silva, declarou nesta quarta-feira (8) que o Palácio do Planalto foi “vítima do ódio” durante uma cerimônia em memória dos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023.
Em seu discurso, Janja enfatizou que o governo tem respondido aos ataques às sedes dos Três Poderes – promovidos por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – e às manifestações antidemocráticas e autoritárias com “união e solidariedade”.
O evento, realizado no Palácio do Planalto, marcou a reintegração ao acervo da Presidência de 21 obras de arte danificadas durante a invasão e posteriormente restauradas por especialistas. Durante a cerimônia, Janja destacou a importância da recuperação desses itens como símbolo de resistência e preservação cultural.
“O Palácio do Planalto, onde estamos hoje, foi vítima do ódio que estimula e continua estimulando atos antidemocráticos, falas fascistas e autoritárias. Para isso, a nossa resposta é a união, a solidariedade e o amor”, declarou a primeira-dama.
Ela também ressaltou que o Palácio e as obras presentes em seu acervo são patrimônio de todos os brasileiros, independentemente de diferenças políticas ou ideológicas.
“Somos brasileiros e brasileiras e devemos exaltar o que construímos juntos. O que temos é um legado que devemos proteger, cuidar e passar adiante para que as próximas gerações tenham a oportunidade de nos inspirar nas conquistas do nosso povo […]. Democracia sempre, cultura sempre”, afirmou.
Janja destacou ainda a necessidade de manter os atos de 8 de janeiro “na memória do país como um alerta de que a democracia deve ser defendida diariamente”.
“Memória é o antídoto contra as tentações autoritárias. Por isso, preservar o nosso patrimônio histórico é tão importante para sempre nos lembrarmos daquilo que fomos e dos caminhos que devemos trilhar para construirmos um amanhã em que todos os brasileiros tenham vez e voz”, declarou.
Durante o evento, a primeira-dama mencionou a relevância da arte e da cultura na resistência a momentos autoritários e citou a atriz Fernanda Torres como exemplo. A atriz foi recentemente premiada com o Globo de Ouro de Melhor Atriz de Drama por sua atuação no filme Ainda Estou Aqui, em que interpretou Eunice Paiva, esposa do ex-deputado Marcelo Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar.
Com informações do g1.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/janja-diz-que-planalto-foi-vitima-do-odio-e-diz-que-resposta-do-governo-e-uniao/