A Procuradoria-Geral da República (PGR) intensificou os trabalhos em janeiro para analisar o inquérito da Polícia Federal (PF) que apontou uma trama golpista relacionada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 39 pessoas. Concluído em dezembro de 2024, o inquérito sugere que Bolsonaro atuou de forma direta para tentar um golpe de Estado após as eleições de 2022.
A equipe liderada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, suspendeu o recesso para examinar os 884 páginas do relatório da PF. O material está sob revisão do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos (GCAA), que reúne dez procuradores especializados. O coordenador do grupo, Joaquim Cabral da Costa Neto, e outros integrantes, como Adriana Scordamaglia e Pablo Luz de Beltrand, trabalham em parceria com Gonet para garantir a celeridade do processo.
O relatório da PF indica que Bolsonaro “planejou, atuou e teve domínio de forma direta e efetiva” sobre ações golpistas visando abolir o Estado democrático de direito. A operação foi interrompida por fatores alheios à sua vontade, segundo a PF. Bolsonaro nega qualquer envolvimento.
Em paralelo, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, informou à PGR a existência de um relatório complementar com novas provas e depoimentos obtidos na Operação Contragolpe, realizada em novembro. Este material será avaliado ainda em janeiro.
Caso a PGR opte pela denúncia, o processo será encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, relator no Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento inicial caberá à Primeira Turma do STF, presidida por Cristiano Zanin e composta pelos ministros Cármen Lúcia, Flávio Dino, Luiz Fux e Moraes.
Com informações de O Globo
Fonte: https://agendadopoder.com.br/pgr-cria-forca-tarefa-para-acelerar-investigacao-de-trama-golpista-que-envolve-bolsonaro/
