As novas ameaças de morte contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foram feitas em um fórum de discussão na deepweb.
Em um dos grupos, os detalhes sobre o armamento foram expostos: explosivos, granadas e um fuzil .50 Barrett, utilizado por atiradores de elite, com poder bélico suficiente para derrubar helicópteros. A ameaça indicava que o ataque ocorreria ainda neste mês.
A Polícia Civil do Distrito Federal tomou conhecimento do caso por meio de uma denúncia. Um inquérito foi aberto na Divisão de Proteção e Combate ao Extremismo Violento (Dpcev), sendo posteriormente compartilhado com a Polícia Federal.
Investigadores afirmaram à reportagem que todas as ameaças desse tipo são tratadas como reais, e que todos os esforços estão sendo concentrados para identificar os responsáveis e os envolvidos.
A deepweb é uma parte da internet que não é indexada pelos mecanismos de busca tradicionais. Nela, encontram-se páginas com informações confidenciais, como dados bancários, pessoais e registros médicos. Na prática, ela é uma “internet secreta” ou “internet profunda”. Embora seja utilizada para armazenar e acessar informações de forma privada, também pode ser explorada para atividades ilícitas, como a prática de crimes virtuais.
Esse novo inquérito para investigar ameaças contra Lula e Moraes surge dois meses depois do desdobramento da Operação Contragolpe, que resultou na prisão de cinco pessoas que planejavam assassinar Lula, Moraes e o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB). O grupo tinha a intenção de executar um golpe de Estado para impedir que o presidente eleito assumisse o cargo.
Ameaças em Brasília
A apuração também ocorre após o atentado cometido por um homem-bomba em frente ao Supremo. Em novembro, Francisco Wanderley Luiz atentou contra a própria vida em frente à Corte, em Brasília. Investigadores identificaram, com base em depoimentos, que ele tinha um plano para matar Moraes.
Na última semana do ano passado, houve outros casos de possíveis ataques. A Polícia Civil do DF prendeu um homem, de 30 anos, suspeito de planejar ataques à capital federal. Ele foi detido na Bahia depois que o caminhão em que viajava, com destino a Brasília, foi interceptado por um helicóptero da PCDF.
A investigação foi iniciada após denúncias anônimas. A polícia informou que o suspeito foi monitorado e teve a prisão temporária e “outras medidas judiciais” solicitadas.
Em outro caso, na mesma semana, um suspeito estacionou um carro no quartel do Comando-Geral da Polícia Militar do DF, no Setor Policial de Brasília, e afirmou estar com dispositivos que detonariam as sedes da Polícia Militar e da Polícia Federal.
A Secretaria de Comunicação da Presidência da República não se manifestou sobre a possível ampliação da segurança do presidente neste mês, após tomar ciência da nova ameaça. A analista da CNN Luísa Martins informou que o STF acompanha de perto o caso.
Com informações da CNN Brasil.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/nova-ameaca-de-matar-lula-e-moraes-com-granada-e-fuzil-foram-feitas-em-forum-na-deep-web-policia-investiga/