22 de janeiro de 2025
Trump promete caçada a imigrantes e assina uma série de
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Após tomar posse como o 47º presidente dos Estados Unidos, Donald Trump não perdeu tempo e reverteu 78 ordens executivas de seu antecessor, Joe Biden. Entre as medidas, o republicano concedeu perdão a 1.270 pessoas envolvidas na invasão ao Capitólio, comutou as sentenças de 14 outros e declarou emergência nacional na fronteira com o México. Trump também impôs um decreto que reconhece apenas os gêneros masculino e feminino, classificou cartéis de narcotráfico como organizações terroristas e retirou os EUA do Acordo de Paris, além de anunciar a saída da Organização Mundial da Saúde (OMS). Algumas dessas ordens foram assinadas diante de uma multidão no ginásio Capital One Arena, em Washington, enquanto outras ocorreram no Salão Oval da Casa Branca, onde Trump retornou após quatro anos de governo.

O novo presidente, em um pronunciamento durante sua posse, prometeu também tomar medidas mais drásticas em relação à imigração ilegal, destacando que as Forças Armadas serão acionadas para impedir a entrada de imigrantes não documentados no país. A promessa de deportar milhões de imigrantes não documentados foi feita durante o discurso na Rotunda do Capitólio, local onde, quatro anos antes, a invasão de apoiadores de Trump deixou cinco mortos.

Trump, que se declarou como um “salvador” da América, também não poupou críticas ao governo de Biden, acusando-o de corrupção e traíra. Além disso, o presidente anunciou medidas severas contra o México e o Panamá, incluindo a mudança do nome do Golfo do México para “Golfo da América”, um gesto que gerou reações internacionais, como a de Claudia Sheinbaum, presidente do México, que cobrou “diálogo e respeito”.

Ainda durante o evento de posse, uma polêmica envolveu o gesto de Elon Musk, escolhido por Trump para liderar o Departamento de Eficiência Governamental. O empresário, conhecido por sua atuação no SpaceX e Tesla, fez um sinal com a mão que foi interpretado por alguns como uma saudação fascista, gerando controvérsias.

Em relação ao futuro da política espacial dos EUA, Trump reiterou que os Estados Unidos enviarão astronautas à Marte e voltará a expandir o território nacional, colocando a bandeira americana no planeta vermelho. O anúncio gerou entusiasmo entre os apoiadores de Musk, que está desenvolvendo a Starship para missões espaciais tripuladas.

Enquanto Trump tomava as rédeas do governo, o ex-presidente Joe Biden se despedia com um breve pronunciamento na Base Aérea Andrews, prometendo que sua luta pelos EUA não havia terminado.

Reações internacionais

A ascensão de Trump ao poder gerou reações de líderes internacionais, com a presidente do México, Claudia Sheinbaum, defendendo uma postura de respeito mútuo, enquanto o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, reafirmou a soberania do país sobre o Canal do Panamá. Além disso, especialistas em direitos humanos, como Nicole Hallett, da Universidade de Chicago, levantaram preocupações sobre as promessas de Trump de enviar tropas para a fronteira sul e de realizar deportações em massa, alertando para o sofrimento potencial de imigrantes vulneráveis.

Reformulação na Casa Branca

Logo após a posse, o site da Casa Branca foi reformulado, com destaque para uma imagem de Trump e um texto afirmando que “A América está de volta”. O presidente reforçou seu compromisso em lutar por uma América forte e segura, em uma clara alusão à sua agenda nacionalista.

Imitadores de Trump e Kim Jong-un barrados em Washington

Enquanto Trump tomava posse, dois sósias, imitando o presidente norte-americano e o líder norte-coreano Kim Jong-un, foram barrados na fila do Capitólio devido à lotação do prédio, causando frustração entre os imitadores, que passaram horas do lado de fora do evento, concedendo entrevistas à imprensa.

*Fonte: Correio Braziliense

Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/01/trump-promete-cacada-a-imigrantes-e-assina-uma-serie-de-decretos-polemicos/