22 de janeiro de 2025
Google vendeu IA para exército de Israel na guerra contra
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O Google forneceu acesso ao que tinha de mais recente em inteligência artificial (IA) para a força militar de Israel desde o começo da guerra contra o grupo terrorista Hamas, em outubro de 2023. É o que revelam documentos obtidos pelo Washington Post.

Segundo documentos aos quais o jornal teve acesso, o Google auxiliou diretamente o Ministério da Defesa e as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) ao longo dos meses do conflito contra o grupo palestino.

Google ofereceu o que tinha de mais recente em IA para forças militares de Israel durante guerra contra Hamas, diz jornal

Semanas após o ataque terrorista do Hamas, em 7 de outubro de 2023, um funcionário da divisão de nuvem do Google intensificou seus pedidos para aumentar o acesso do Ministério da Defesa de Israel à tecnologia de IA da empresa, segundo o jornal.

Funcionário do Google pediu ampliação de acesso de força militar de Israel ao Gemini, segundo documentos obtidos por jornal (Imagem: mundissima/Shutterstock)

Os documentos obtidos pelo jornal indicam que o ministério israelense queria expandir – com urgência – o uso de um serviço do Google chamado Vertex. Por meio dele, clientes aplicam algoritmos de IA a bases de dados angariadas por eles.

  • Num dos documentos repercutidos pelo Post, um funcionário alerta que se a empresa não ampliasse rápido o acesso do ministério israelense, a pasta iria recorrer à Amazon, concorrente da big tech;
  • Amazon e Google trabalham com o governo de Israel sob o mesmo contrato, chamado Nimbus (mais sobre isso no final desta matéria).

Outro documento, este de novembro de 2023, traz o agradecimento de um funcionário do Google a um colega por ter ajudado a big tech a atender o pedido do Ministério da Defesa de Israel.

Bandeira de Israel em contraste míssil e defesas aéreas
Contrato com Israel que Google faz parte ajudou nas aplicações em combate, disse diretor de cibernética do governo em evento (Imagem: Hamara/Shutterstock)

Mais documentos obtidos pelo jornal, esses datados de meados de 2024, mostram funcionários do Google pedindo ampliação do acesso das IDF para tecnologia de IA da empresa.

Ainda segundo o Washington Post, documentos mostram que o exército de Israel ainda usava a tecnologia de IA mais recente do Google até novembro de 2024 – “quando um ano de ataques aéreos israelenses havia transformado parte de Gaza em escombros”, acrescenta o jornal.

  • No final do mês em questão, um funcionário do Google solicitou acesso das IDF ao Gemini, plataforma de IA da big tech que você provavelmente conhece;
  • Ainda segundo a apuração do jornal, as IDF queria desenvolver seu próprio assistente de IA para processar documentos e áudios.

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Outro lado

Os documentos obtidos pelo jornal não detalham como o Ministério da Defesa de Israel planejava usar a tecnologia de IA do Google nem como ela pode ter contribuído para as operações militares.

google
Google recusou o pedido de comentário do jornal sobre o assunto (Imagem: JHVEPhoto/Shutterstock)

Por um lado, trata-se de tecnologia que pode ser usada para automatizar tarefas administrativas, por exemplo. Por outro, o diretor-geral da Diretoria Nacional de Cibernética do governo de Israel, Gaby Portnoy, sugeriu que o contrato Nimbus ajudou diretamente nas aplicações de combate.

Autoridades israelenses selecionaram Google e Amazon em 2021 para um contrato de computação multibilionário chamado Nimbus. Seu objetivo era viabilizar grandes atualizações na tecnologia do governo de Israel.

Porta-vozes das IDF, do Google e da Amazon recusaram os pedidos de comentário do Washington Post sobre este assunto.

O post Google vendeu IA para exército de Israel na guerra contra Hamas, revela jornal apareceu primeiro em Olhar Digital.

Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/01/22/pro/google-vendeu-ia-para-exercito-de-israel-na-guerra-contra-hamas-revela-jornal/