23 de novembro de 2024
Justiça inocenta Fuminho, braço direito de Marcola, por mortes de
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A Justiça do Ceará decidiu não levar a júri popular Gilberto Aparecido dos Reis, o Fuminho, que era acusado de ser o mandante do assassinato de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e de Fabiano Alves de Souza, o Paca, então chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC).

O traficante (Fuminho) também é considerado braço direito de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder máximo da facção criminosa.

Para o Ministério Público do Ceará (MPCE), Fuminho foi o responsável ordenar a execução de Gegê e Paca, que integravam a mais alta cúpula do PCC.

Na época, o assassinato das lideranças provocou uma crise na facção e desencadeou uma série de ataques violentos.

No ano seguinte, em 2019, por vingança, após o envolvimento na morte dos dois líderes do PCC, Wagner Ferreira da Silva, o Cabelo Duro, foi assassinado a tiros de fuzil na frente de um hotel no Jardim Anália Franco, na zona leste de São Paulo.

Em nota, o Tribunal de Justiça do Ceará informou à CNN que “de acordo com a decisão que impronunciou Gilberto, diante da prova da materialidade do crime e da ausência de indícios de autoria frente aos homicídios em referência, a denúncia deve ser rejeitada e, consequentemente, o acusado ser impronunciado”.

Quem é Fuminho?

Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, está preso desde 2020 na Penitenciária Federal de Brasília.

Ele fugiu da cadeia do Carandiru em 1999 e só foi recapturado 20 anos depois, ao ser preso pela Polícia Federal em Moçambique, no continente africano, em 2020.

Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, foi localizado em condomínio de luxo em Maputo, capital de Moçambique / Foto: Divulgação/Polícia Federal

Agora, em 2024, ele só não será solto, pois há outro mandado de prisão por tráfico de drogas.

Em 2022, ele foi condenado a 26 anos e 11 meses no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) por ser o responsável por um carregamento de 450 quilos de cocaína.

Além de ser braço direito de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, Fuminho, segundo investigações, recebeu R$ 200 milhões da facção para resgatar o líder máximo do PCC da Penitenciária Federal de Brasília, onde Marcola está preso desde 2019, quando fora transferido da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior paulista.

À época, o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPSP, anunciou a descoberta de um plano para resgatar Marcola e outros 21 líderes do PCC, que estavam na P2 de Presidente Venceslau e também em Presidente Bernardes, ambas no interior paulista.

Pouco tempo depois, em março de 2019, a pedido do promotor Lincoln Gakiya, Marcola e os 21 líderes foram transferidos para presídios federais em Brasília e Porto Velho.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/justica-inocenta-fuminho-braco-direito-de-marcola-por-mortes-de-chefes-do-pcc/