Em um ato de força e cobrança ao governo, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) divulgou uma carta aberta na qual denuncia a paralisação da reforma agrária no país e exige que o governo Lula assente 100 mil famílias que aguardam por terras.
A deputada estadual Marina do MST (PT-RJ), presidente da Comissão Alimentar da Assembleia Legislativa do Rio, esteve presente no encontro e reforçou a importância da luta pela terra.
A decisão foi tomada após quatro dias de encontro da Coordenação Nacional do movimento em Belém (PA), onde os líderes do MST avaliaram o cenário político atual e traçaram novas estratégias de luta. Na carta, o movimento critica a política neoliberal vigente no Brasil, que segundo eles, aprofunda a desigualdade social e favorece o agronegócio.
“No campo, aponta-se para uma paralisação da Reforma Agrária (…) Soma-se a isto, a atuação perversa da maioria do Congresso Nacional, que legisla em prol dos interesses do grande capital, defende o projeto do agro e faz do Poder Executivo seu refém, retirando e impedindo o avanço de políticas públicas sociais e conquistas efetivas para o povo brasileiro”, afirma um trecho da carta.
Além da retomada da reforma agrária, o MST também reivindica a demarcação de terras indígenas e quilombolas, o fim da jornada de trabalho de 6×1 e a construção de um projeto de superação da crise ambiental.
O encontro anual do MST reuniu cerca de 400 dirigentes e militantes de todo o país, além de deputados estaduais e agentes públicos, para discutir as próximas ações do movimento. A mobilização do MST promete intensificar a pressão sobre o governo federal e o Congresso Nacional para que as demandas da classe trabalhadora rural sejam atendidas.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/movimento-mst-pressiona-governo-por-reforma-agraria-e-critica-congresso/
