31 de janeiro de 2025
Possível contaminação do Rio Tocantins ainda preocupa autoridades
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O Ministério da Saúde publicou uma nota técnica com orientações para as populações que vivem próximas ao Rio Tocantins. O objetivo é reduzir possíveis impactos à saúde em caso de intoxicação por exposição a produtos químicos.

O temor surgiu após a queda da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, localizada entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). No desabamento, ocorrido em 22 de dezembro de 2024, caminhões que transportavam agrotóxicos e ácido sulfúrico também caíram no rio. Pelo menos 14 mortes foram confirmadas.

Qualidade da água segue sendo monitorada

Apesar das preocupações, não há indícios de contaminação da água até o momento. De acordo com o Ministério da Saúde, uma equipe técnica segue monitorando o caso, “visto que os materiais químicos ainda permanecem depositados no leito do rio e representam potencial risco de vazamento”. Uma possível contaminação da água, segundo a pasta, poderia afetar os múltiplos usos do rio e a subsistência de comunidades tradicionais, indígenas, ribeirinhas e quilombolas, além de moradores da região.

Aos profissionais de saúde da vigilância em saúde ambiental locais, a recomendação é avaliar os riscos à saúde pública a partir da identificação de áreas de risco potencial para contaminação da água, da emissão de alertas sobre a necessidade de restrição do uso de água em regiões afetadas e do monitoramento de resíduos de agrotóxicos em água para consumo humano, segundo diretrizes para o monitoramento de agrotóxicos em água para consumo humano.

Estrutura desabou no dia 22 de dezembro de 2024 (Imagem: reprodução/prefeitura de Estreito)

Outra recomendação é o desenvolvimento de estratégias de comunicação de risco para a população exposta ou potencialmente exposta. Também foi orientado que os profissionais de saúde realizem uma avaliação inicial das pessoas que buscarem os serviços de saúde locais com queixas ou apresentando alguns sinais e sintomas.

São eles: ingestão ou contato da água com a boca; contato da água com a pele; contato da água com os olhos; dor e queimação na boca e na garganta; dor de cabeça, agitação, confusão mental; náuseas, vômito, dores abdominais e diarreia; fraqueza muscular, cãibras, tremores nos músculos, dor muscular, contrações dos músculos, redução dos reflexos e perda do equilíbrio; estresse respiratório, respiração acelerada, edema de pulmão e pupilas menores que o normal e movimento involuntário dos olhos.

Além disso, é preciso ficar atento em caso de pressão baixa, aumento dos batimentos cardíacos, respiração lenta, alterações no coração; alterações no sistema nervoso central, problemas de coordenação, confusão mental; febre (sem infecção), alterações na função dos rins, fígado e no sangue; irritação na pele; queimaduras; irritação nos olhos; desconforto nos olhos; diminuição da visão e olhos sensíveis à luz.

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Apesar das preocupações, não há indícios de contaminação da água até o momento (Imagem: reprodução/prefeitura de Estreito)

Orientações para a população:

  • Evitar contato direto com a água do Rio Tocantins;
  • Evitar o uso da água ou atividades de lazer no Rio Tocantins enquanto as autoridades não garantirem a segurança da região;
  • Seguir orientações das autoridades a partir dos comunicados oficiais dos órgãos ambientais e sanitários para atualizações sobre a segurança na região;
  • Procurar a unidade de saúde mais próxima caso haja contato com os produtos químicos, mesmo que não haja sintomas imediatos;
  • Em casos de urgência, acionar o Samu (192);
  • E, na hipótese de ingestão da água contaminada, não induzir o vômito.
  • As informações são da Agência Brasil.

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Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/01/30/ciencia-e-espaco/possivel-contaminacao-do-rio-tocantins-ainda-preocupa-autoridades/