Conforme noticiado pelo Olhar Digital, uma rocha espacial do tamanho de um prédio de 18 andares foi descoberta no fim do ano passado em rota de colisão com a Terra. De acordo com os dados coletados nas primeiras observações, foi calculada uma probabilidade de cerca de 1,2% de que o asteroide – designado 2024 YR4 – possa atingir o planeta em 2032. No entanto, análises mais recentes indicam que essa chance aumentou.
Vamos entender:
- O asteroide 2024 YR4 foi descoberto em 27 de dezembro de 2024 pelo Sistema de Último Alerta para Impacto de Asteroides com a Terra (ATLAS, na sigla em inglês);
- Logo após a detecção do objeto, análises determinaram que ele tinha uma chance muito pequena de potencialmente impactar o planeta em 22 de dezembro de 2032;
- Normalmente, a probabilidade de impacto de um asteroide é maior no início e tende a cair rapidamente para zero após observações adicionais;
- Não é o que está acontecendo neste caso.
Agências espaciais monitoram o objeto
Na tarde de quarta-feira (29), a NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA), emitiram comunicados informando que estão monitorando a rocha ameaçadora.
A ESA alerta que, embora 2024 YR4 tenha quase 99% de chance de passar com segurança pela Terra em 22 de dezembro de 2032, “um possível impacto ainda não pode ser totalmente descartado”.
“Atualmente, nenhum outro grande asteroide conhecido tem uma probabilidade de impacto acima de 1%”, diz a nota da agência estadunidense. “Novas observações podem resultar na reatribuição deste asteroide para 0 à medida que mais dados chegam”.
Contrariando essa expectativa, novas análises apontam que, na verdade, a probabilidade de impacto aumentou. Mas, não é motivo para pânico: o risco cresceu de 1,2% para 1,4%, o que é praticamente a mesma coisa.
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O que se sabe sobre o asteroide 2024 YR4
Estima-se que a rocha tenha entre 40 m e 100 m de largura. Um corpo desse tamanho cai na Terra em média a cada poucos milhares de anos, podendo causar danos graves a uma vasta área nos arredores do local de impacto.
Atualmente, 2024 YR4 está no topo das listas de risco da ESA e da NASA. Desde o início de janeiro, astrônomos têm realizado observações prioritárias de acompanhamento com telescópios em todo o mundo e usado os novos dados para melhorar a compreensão do tamanho e da trajetória do asteroide.
Mesmo com o pequeno aumento na probabilidade de colisão apontado nas últimas observações, o asteroide continua no nível 3 na Escala de Risco de Impacto de Turim. Essa tabela é dividida em níveis de 0 a 10, onde o nível 0 indica que o asteroide não oferece nenhum risco, que não existem chances significativas de impacto ou que o asteroide não é grande o suficiente para sobreviver à passagem pela atmosfera. O Nível 10 é atribuído a asteroides cuja colisão é certa e que tem potencial para causar destruição a nível global, podendo comprometer o futuro da humanidade.
“O nível 3, que o 2024 YR4 alcançou esta semana, indica que o asteroide tem possibilidade de impacto superior a 1% e potencial para causar uma destruição localizada”, explica o astrônomo Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON) e colunista do Olhar Digital. “Se atingisse a Terra sobre uma cidade, por exemplo, poderia causar muitas mortes e sérios prejuízos para a infraestrutura urbana”.
Por enquanto, resta-nos aguardar as próximas atualizações e torcer para que esse cenário se torne mais favorável com o passar do tempo.
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Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/01/31/ciencia-e-espaco/cresce-a-chance-de-asteroide-recem-descoberto-colidir-com-a-terra/
