O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quinta-feira, 6, o pedido de liberdade realizado pela defesa do tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira. Ele é um dos “kids pretos” – militares formados pelo Curso de Operações Especiais do Exército Brasileiro – e foi acusado de envolvimento no planejamento do assassinato de autoridades, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
O advogado de Oliveira havia alegado que não há “provas sólidas e robustas capazes de fundamentar uma futura condenação”, e destacou o fato de que nenhuma denúncia foi apresentada até o momento. Moraes rejeitou a argumentação.
Sob custódia em uma instalação do Exército em Niterói (RJ), Rafael foi preso em novembro do ano passado em operação deflagrada pela Polícia Federal (PF). As investigações levaram ao indiciamento de 40 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A operação investigava uma trama envolvendo civis e militares para a realização de um golpe de Estado antes da posse do presidente Lula. O plano ‘Punhal Verde e Amarelo’ previa o assassinato de Lula, Alckmin e do ministro Moraes, que era supostamente monitorado pelos golpistas.
Eles teriam agido sob o comando do general Mário Fernandes e com o suporte do policial federal Wladimir Matos Soares, utilizando-se “de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas”.
Nesta semana, o “kid preto” Hélio Ferreira Lima teve autorizada sua transferência de Brasília para Manaus, onde moram seus familiares. Hélio, Rafael e mais um militar, Rodrigo Bezerra de Azevedo, teriam atuado no núcleo operacional do plano golpista, aponta a PF.
Com informações do jornal Estado de São Paulo, Estadão
Fonte: https://agendadopoder.com.br/moraes-mantem-prisao-de-militar-kid-preto-acusado-no-plano-de-golpe-de-estado-que-levou-ao-indiciamento-de-bolsonaro/
