![Nuvens coloridas no céu de Marte registradas pelo rover Curiosity](https://gazetadoleste.com/wp-content/uploads/2025/02/Nuvens-coloridas-no-ceu-de-Marte-registradas-pelo-rover-Curiosity-1024x974.jpg)
Há quase 15 anos o Curiosity atua incansavelmente no solo marciano, mas se engana quem pensa que depois de tanto tempo o trabalho acabou. A prova disso está em uma das últimas levas de imagens enviadas pelo rover, que mostram nuvens coloridas no céu de Marte de uma forma nunca antes vista.
Tiradas ao longo de 16 minutos em 17 de janeiro (o 4.426º dia marciano, ou sol, da missão Curiosity), as imagens mostram as observações mais recentes do que é chamado de nuvens noctilucentes (latim para “brilho noturno”), ou nuvens crepusculares, tingidas de cor pela dispersão da luz do Sol poente, explica a NASA.
As nuvens variam de cor entre vermelho e verde e em alguns casos conseguem até mesmo criar um arco-íris. Apesar de sua beleza, são muito fracas para sem vistas de dia, então para serem flagradas é preciso contar com a ajuda da luz da noite.
Mas como essas nuvens ficam coloridas?
Segundo a NASA, as nuvens marcianas são feitas de gelo de água ou, em altitudes mais altas e temperaturas mais baixas, gelo de dióxido de carbono.
Estas últimas são o único tipo de nuvens observadas em Marte produzindo iridescência, e podem ser vistas perto do topo das novas imagens a uma altitude de cerca de 60 a 80 quilômetros.
Elas também são visíveis como plumas brancas caindo pela atmosfera, viajando tão baixo quanto quilômetros acima da superfície antes de evaporar devido ao aumento das temperaturas. Como visto nessa imagem de 2023.
Nuvens crepusculares foram vistas pela primeira vez em Marte pela missão Pathfinder da NASA em 1997; o Curiosity não as avistou até 2019, quando adquiriu suas primeiras imagens de iridescência nas nuvens. Este é o quarto ano em Marte que o rover observa o fenômeno, que ocorre no início do outono no hemisfério sul.
Curiosamente, outros lugares de Marte não registram nuvens desse tipo. O Perseverance, que chegou em 2021 e está no hemisfério norte do Planeta Vermelho nunca visualizou nuvens do tipo.
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“Não era esperado que o dióxido de carbono estivesse se condensando em gelo aqui, então algo está resfriando-o a ponto de isso acontecer. Mas as ondas gravitacionais marcianas não são totalmente compreendidas e não temos certeza do que está causando a formação de nuvens crepusculares em um lugar, mas não em outro”, disse Mark Lemmon, cientista atmosférico do Space Science Institute, para a NASA.
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