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O Google Maps, desde seu lançamento, tem sido uma ferramenta essencial para navegação e exploração geográfica. No entanto, ao longo dos anos, o aplicativo esteve envolvido em diversas polêmicas que levantaram debates sobre precisão, ética e responsabilidade.
A seguir, destacamos algumas das controvérsias mais notáveis envolvendo o Google Maps.
Golfo do México e mais: 7 polêmicas sobre o Google Maps
Golfo do México renomeado para “Golfo da América” (2025)
Em janeiro de 2025, o Google anunciou que o Golfo do México seria renomeado como “Golfo da América” para usuários nos Estados Unidos. A mudança se baseou em uma resolução do governo norte-americano, liderada pelo então presidente Donald Trump, que justificou a alteração como uma medida econômica e política em relação ao México.
A decisão gerou críticas internacionais, com muitos acusando o Google de ceder a pressões políticas. O aplicativo afirmou que seguiria apenas fontes oficiais para atualizações geográficas, mas a polêmica levantou questões sobre a neutralidade da plataforma.
Mortes por más direções (2020-2024)
Erros de navegação já resultaram em tragédias. Em 2020, um motorista na Rússia morreu congelado após seguir uma rota sugerida pelo Google Maps que o levou a uma rodovia abandonada.
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Em 2024, três homens na Índia morreram ao cair de uma ponte em construção após serem seguirem um caminho incorreto que o app indicou.
Rastreamento de usuários pela NSA (2014)
Documentos vazados por Edward Snowden em 2014 revelaram que a Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA) e o GCHQ (serviço de inteligência britânico encarregado da segurança e da espionagem) interceptavam consultas ao Google Maps feitas em smartphones para rastrear usuários.
Um documento de 2008 afirmava que “qualquer pessoa usando o Google Maps em um smartphone está apoiando um sistema da GCHQ“. A revelação levantou preocupações sobre privacidade e a segurança dos dados dos usuários.
Erros de delimitação de fronteiras (2010)
Em outubro de 2010, o comandante militar nicaraguense Edén Pastora usou o Google Maps para justificar a ocupação da Isla Calero, no delta do rio San Juan. O aplicativo mostrava erroneamente a área como parte da Nicaragüa, levando a uma disputa territorial com a Costa Rica.
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O Google reconheceu o erro e atualizou os dados, mas o incidente destacou os riscos de confiar cegamente em plataformas digitais para questões geopolíticas.
Nomeação incorreta de locais (2010-2024)
O Google Maps já sofreu críticas por adicionar nomes de bairros desatualizados ou incorretos em suas plataformas. Em Los Angeles, por exemplo, nomes históricos como “Brooklyn Heights” (dos anos 1870) e “Silver Lake Heights” (dos anos 1920) foram ressuscitados, causando confusão entre moradores e empresas. Em Detroit, o bairro “Fiskhorn” recebeu erroneamente o termo “Fishkorn”.

Esses erros, muitas vezes originados de sugestões de usuários ou mapas não profissionais, acabaram sendo amplamente adotados por corretores de imóveis, serviços de entrega e até sites de notícias.
Leia mais:
- 5 motivos para não usar Google Maps
- Dica: evite usar Google Maps no celular sem esta configuração
- WhatsApp: como abrir localização no Google Maps
Simulação de congestionamento (2020)
Em fevereiro de 2020, o artista Simon Weckert usou 99 celulares com Google Maps ativado em um carrinho de mão para simular um engarrafamento virtual. O app interpretou o avanço lento como trânsito intenso, alterando a cor da rua e redirecionando motoristas
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O experimento mostrou como a plataforma pode sofrer manipulações, gerando dúvidas sobre a precisão das informações de tráfego em tempo real.
Favelas somem do mapa (2013)
O Google Maps removeu o termo “favela” da identificação de diversas comunidades no Rio de Janeiro após um pedido feito pela Prefeitura do Rio em 2009. Localizações como Favela Sumaré e Favela Morro do Chacrinha tiveram os nomes alterados. A mudança foi perceptível em uma atualização em 2013 e gerou polêmica nas redes sociais.
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Alguns internautas apoiaram a medida, argumentando que poderia reduzir o estigma sobre os moradores dessas áreas. Outros criticaram, alegando que a remoção do termo poderia dificultar a segurança e a orientação na cidade.
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Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/02/14/pro/google-maps-7-polemicas-em-que-o-aplicativo-ja-se-envolveu/