25 de fevereiro de 2025
Google Maps: 7 polêmicas em que o aplicativo já se
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O Google Maps, desde seu lançamento, tem sido uma ferramenta essencial para navegação e exploração geográfica. No entanto, ao longo dos anos, o aplicativo esteve envolvido em diversas polêmicas que levantaram debates sobre precisão, ética e responsabilidade. 

A seguir, destacamos algumas das controvérsias mais notáveis envolvendo o Google Maps.

Golfo do México e mais: 7 polêmicas sobre o Google Maps

Golfo do México renomeado para “Golfo da América” (2025)

Em janeiro de 2025, o Google anunciou que o Golfo do México seria renomeado como “Golfo da América” para usuários nos Estados Unidos. A mudança se baseou em uma resolução do governo norte-americano, liderada pelo então presidente Donald Trump, que justificou a alteração como uma medida econômica e política em relação ao México. 

Alteração do nome do Golfo do México ficará visível apenas nos EUA (Imagem: Captura de tela/Google Maps)

A decisão gerou críticas internacionais, com muitos acusando o Google de ceder a pressões políticas. O aplicativo afirmou que seguiria apenas fontes oficiais para atualizações geográficas, mas a polêmica levantou questões sobre a neutralidade da plataforma.

Mortes por más direções (2020-2024)

Erros de navegação já resultaram em tragédias. Em 2020, um motorista na Rússia morreu congelado após seguir uma rota sugerida pelo Google Maps que o levou a uma rodovia abandonada.

imagem mostra um motorista de carro se guiando pelo gps do google maps
Condutor utilizando o GPS do Google Maps em um carro (Reprodução: Antony Freitas/Unsplash)

Em 2024, três homens na Índia morreram ao cair de uma ponte em construção após serem seguirem um caminho incorreto que o app indicou.

Rastreamento de usuários pela NSA (2014)

Documentos vazados por Edward Snowden em 2014 revelaram que a Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA) e o GCHQ (serviço de inteligência britânico encarregado da segurança e da espionagem) interceptavam consultas ao Google Maps feitas em smartphones para rastrear usuários. 

Um documento de 2008 afirmava que “qualquer pessoa usando o Google Maps em um smartphone está apoiando um sistema da GCHQ“. A revelação levantou preocupações sobre privacidade e a segurança dos dados dos usuários.

Erros de delimitação de fronteiras (2010)

Em outubro de 2010, o comandante militar nicaraguense Edén Pastora usou o Google Maps para justificar a ocupação da Isla Calero, no delta do rio San Juan. O aplicativo mostrava erroneamente a área como parte da Nicaragüa, levando a uma disputa territorial com a Costa Rica. 

imagem mostra um print de isla calero no google maps
Print de Isla Calero, com indicação que o território é parte da Costa Rica (Reprodução: Olhar Digital/Google Maps)

O Google reconheceu o erro e atualizou os dados, mas o incidente destacou os riscos de confiar cegamente em plataformas digitais para questões geopolíticas.

Nomeação incorreta de locais (2010-2024)

O Google Maps já sofreu críticas por adicionar nomes de bairros desatualizados ou incorretos em suas plataformas. Em Los Angeles, por exemplo, nomes históricos como “Brooklyn Heights” (dos anos 1870) e “Silver Lake Heights” (dos anos 1920) foram ressuscitados, causando confusão entre moradores e empresas. Em Detroit, o bairro “Fiskhorn” recebeu erroneamente o termo “Fishkorn”. 

Usuário mexendo no app do Google Maps pelo celular
Usuário mexendo no app do Google Maps pelo celular (Reprodução: In Green/Shutterstock)

Esses erros, muitas vezes originados de sugestões de usuários ou mapas não profissionais, acabaram sendo amplamente adotados por corretores de imóveis, serviços de entrega e até sites de notícias.

Leia mais:

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  • WhatsApp: como abrir localização no Google Maps

Simulação de congestionamento (2020)

Em fevereiro de 2020, o artista Simon Weckert usou 99 celulares com Google Maps ativado em um carrinho de mão para simular um engarrafamento virtual. O app interpretou o avanço lento como trânsito intenso, alterando a cor da rua e redirecionando motoristas

Weckert
Weckert usou 99 smartphones com Google Maps ativado em um carrinho de mão para simular um engarrafamento virtual. O app interpretou o avanço lento como trânsito intenso / Crédito: vog.photo (flickr)

O experimento mostrou como a plataforma pode sofrer manipulações, gerando dúvidas sobre a precisão das informações de tráfego em tempo real.

Favelas somem do mapa (2013)

O Google Maps removeu o termo “favela” da identificação de diversas comunidades no Rio de Janeiro após um pedido feito pela Prefeitura do Rio em 2009. Localizações como Favela Sumaré e Favela Morro do Chacrinha tiveram os nomes alterados. A mudança foi perceptível em uma atualização em 2013 e gerou polêmica nas redes sociais. 

imagem mostra uma visão panorâmica de uma favela no rio de janeiro
Favela no Rio de Janeiro (Reprodução: João Zecchin/Shutterstock)

Alguns internautas apoiaram a medida, argumentando que poderia reduzir o estigma sobre os moradores dessas áreas. Outros criticaram, alegando que a remoção do termo poderia dificultar a segurança e a orientação na cidade. 

O post Google Maps: 7 polêmicas em que o aplicativo já se envolveu apareceu primeiro em Olhar Digital.

Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/02/14/pro/google-maps-7-polemicas-em-que-o-aplicativo-ja-se-envolveu/